ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 16-6-2008.
Aos dezesseis dias do mês de junho do ano de dois
mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Comassetto, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel e José Ismael Heinen e
pelas Vereadoras Margarete Moraes, Maristela Maffei e Neuza Canabarro.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho,
Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, João Bosco Vaz, Luiz
Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Na oportunidade, foi apregoado o
Memorando nº 035/08, de autoria do Vereador Carlos Comassetto, deferido pelo
Senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, no dia quatorze de junho do corrente, no Seminário “Educação e
Empregabilidade”, das oito às dezoito horas, no Centro de Promoção da Infância
e Juventude, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
526456, 528067, 535035, 535553 e 541152/08, do Fundo Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente registrou as presenças,
neste Plenário, dos Senhores Everton Marc, Vice-Delegado no Rio Grande do Sul
da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG –, e Amarcy
de Castro e Araújo, Diretor do Curso de Política e Gestão da ADESG, convidando
Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Everton Marc, que, prestando esclarecimentos acerca
das atividades desenvolvidas pela ADESG na qualificação de egressos da Escola
Superior de Guerra, divulgou o Curso de Política e Estratégia de Gestão, a ser
ministrado no período de trinta de junho a trinta de outubro por essa entidade.
Sobre o tema, mencionou palestrantes que participarão desse evento, bem como
tópicos a serem abordados na ocasião. Em continuidade, nos termos do artigo 206
do Regimento, os Vereadores João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Neuza Canabarro,
Elói Guimarães e Adeli Sell manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a
Tribuna Popular. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste
Plenário, da Jornalista Balala Campos. Às quatorze horas e trinta e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e trinta e quatro minutos, constatada a existência de quórum.
Após, o Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Senhores
José Antonio Célia, Presidente do Movimento Emaús do Acre, e Rodrigo Schiffner,
Arquiteto, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos. Em
GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Carlos Nedel parabenizou os trinta e cinco
anos de existência do Movimento Emaús em Porto Alegre, destacando o trabalho
realizado pelo Monsenhor Urbano Zilles à frente dessa entidade. Nesse sentido,
ressaltou a importância da evangelização para os jovens e lembrou que o Movimento
Emaús proporciona a reflexão sobre o valor da vida e da vivência em comunidade
à luz da palavra de Deus. Durante o pronunciamento do Vereador João Carlos
Nedel, foi realizada apresentação artística de jovens integrantes do Movimento
Emaús. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou o Vereador João Carlos
Nedel a proceder à entrega, ao Senhor José Antonio Célia, de placa relativa ao
trigésimo quinto aniversário do Movimento Emaús em Porto Alegre. Em GRANDE
EXPEDIENTE, o Vereador José Ismael Heinen analisou os reflexos da inflação na
economia brasileira e criticou a política governamental de aumento dos juros
como tentativa para debelar esse fenômeno, justificando que essa medida ocasionará
mais aumento de impostos e pobreza. Ainda, comentou matéria publicada ontem no
jornal Zero Hora acerca da fuga de dois boxeadores cubanos para o Brasil e sua
posterior deportação. Às quatorze horas e cinqüenta e quatro minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta
e oito minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA e aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Margarete Moraes,
solicitando que a Emenda nº 03, aposta ao Substitutivo nº 02, e a Emenda nº 07,
aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, fossem
dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. A seguir, foram
apregoadas as seguintes Emendas ao Substitutivo nº 03, aposto ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 043/05: de nº 08, de autoria do Vereador Professor Garcia,
Líder do Governo; de nº 09, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e Haroldo de
Souza, Líder da Bancada do PMDB; e de
nº 10, de autoria da Vereadora Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT.
Também, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Substitutivo nº 02,
aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05: de nº 05, de autoria do
Vereador Carlos Comassetto e das Vereadoras Margarete Moraes, Líder da
oposição, e Maristela Maffei, Líder da Bancada do PCdoB; de nº 06, de autoria
do Vereador Professor Garcia, Líder do Governo; de nº 07, de autoria dos Vereadores
Sebastião Melo e Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB; de nº 08, de
autoria dos Vereadores Beto Moesch, Sebastião Melo e Haroldo de Souza, Líder da
Bancada do PMDB; e de nº 09, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e Luiz Braz,
Líder da Bancada do PSDB. Em
prosseguimento, foram aprovados os seguintes Requerimentos, relativos ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, solicitando dispensa do envio de
Emendas à apreciação de Comissões Permanentes: de autoria do Vereador Professor
Garcia, com relação à Emenda nº 08, aposta ao Substitutivo nº 03; de autoria do
Vereador João Antonio Dib, com relação às Emendas nos 03, 04, 05, 06
e 09, apostas ao Substitutivo nº 03; de autoria da Vereadora Margarete Moraes,
com relação à Emenda nº 10, aposta ao Substitutivo nº 03; de autoria da
Vereadora Margarete Moraes, com relação à Emenda nº 05, aposta ao Substitutivo
nº 02; de autoria do Vereador Professor Garcia, com relação à Emenda nº 06,
aposta ao Substitutivo nº 02; de autoria do Vereador Sebastião Melo, com
relação às Emendas nos 07 e 08, apostas ao Substitutivo nº 02; de
autoria do Vereador Luiz Braz, com relação à Emenda nº 09, aposta ao
Substitutivo nº 02. Em continuidade, foram apregoados os seguintes
Requerimentos, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando votação em
destaque para Emendas apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05: de
autoria da Vereadora Margarete Moraes, com relação às Emendas nos
03, 04 e 05, apostas ao Substitutivo nº 02, e às Emendas nos 07 e
10, apostas ao Substitutivo nº 03; de autoria do Vereador Sebastião Melo, com
relação às Emendas nos 07 e 08, apostas ao Substitutivo nº 02, e às
Emendas nos 05, 08 e 09, apostas ao Substitutivo nº 03; de autoria
do Vereador Professor Garcia com relação às Emendas nos 06, aposta
ao Substitutivo nº 02, e à Emenda nº 08, aposta ao Substitutivo nº 03. Após,
foram aprovados Requerimentos de autoria do Vereador Professor Garcia,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 02, aposta ao Substitutivo nº
03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05; e de autoria da Vereadora
Margarete Moraes, solicitando a retirada de tramitação das Emendas nos
02 e 04, apostas ao Substitutivo nº 02 do Projeto de Lei do Legislativo nº
043/05. Em prosseguimento, a Vereadora Sofia Cavedon apresentou Requerimento de
autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando o encaminhamento do Projeto
de Lei do Legislativo nº 043/05 para diligência junto ao Executivo Municipal,
para esclarecimentos atinentes à repercussão financeira e às fontes de recursos
orçamentários resultantes em caso de aprovação desse Projeto, Requerimento esse
indeferido pelo Senhor Presidente, tendo os Vereadores Sebastião Melo, Sofia
Cavedon e João Antonio Dib se manifestado acerca do assunto. Ainda, o Senhor
Presidente procedeu à leitura de carta encaminhada pela direção e por alunos da
Escola Infantil Pequeno Mundo, apresentando posição favorável ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 043/05, tendo se manifestado a respeito os Vereadores João
Antonio Dib, Maristela Maffei, Guilherme Barbosa e Beto Moesch. Em
Discussão Geral e Votação, foram apreciados o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05 e os
Substitutivos nos 01 e 02, bem como Emendas apostas, tendo sido discutidos pelos Vereadores
Sofia Cavedon, João Antonio Dib, Dr. Raul, Maristela Maffei, Margarete Moraes,
Beto Moesch, Elias Vidal, Carlos Comassetto, João Bosco Vaz, Guilherme Barbosa,
Maria Celeste, Carlos Todeschini, Adeli Sell, Professor Garcia e Alceu Brasinha
e encaminhados à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Maristela Maffei,
Luiz Braz e Guilherme Barbosa. Foi rejeitado o Substitutivo nº 02, aposto ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por três votos SIM e trinta e um votos
NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado
Sim os Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel e Luiz Braz e Não os Vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João
Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza,
Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Durante a apreciação do Substitutivo nº 02,
aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, os Vereadores Aldacir
Oliboni, Mauro Zacher, Maria Celeste e João Carlos Nedel cederam seus tempos de
discussão, respectivamente, aos Vereadores Maria Celeste, Beto Moesch, Sofia
Cavedon e João Antonio Dib. Foi aprovado o Substitutivo n º 03 ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 043/05, com ressalva das Emendas apostas, considerando-se
prejudicado o Projeto original, por vinte e dois votos SIM e doze votos NÃO, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr.
Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião Melo
e Valdir Caetano e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Dr. Raul, Elias Vidal, Guilherme Barbosa, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maristela Maffei, Nilo Santos e Sofia Cavedon. A seguir, o
Vereador Professor Garcia formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão
dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete horas e quarenta e quatro
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezessete horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi aprovada a Emenda nº 01,
aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por
dezenove votos SIM e sete ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano e optado pela Abstenção os
Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Guilherme
Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste e Maria Luiza. Na
oportunidade, a Vereadora Margarete Moraes formulou Requerimento verbal,
solicitando a leitura das Emendas a serem votadas, relativamente ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 043/05. Em prosseguimento, o Vereador Beto Moesch manifestou-se,
solicitando a rejeição da Emenda nº 03, aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto
de Lei do Legislativo nº 043/05. A seguir, foi rejeitada a Emenda nº 03, aposta
ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por vinte e
quatro votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Claudio Sebenelo, tendo votado Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria
Luiza, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano e optado pela
Abstenção os Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib. Foi aprovada a Emenda nº
04, aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05,
por dezessete votos SIM, oito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Professor
Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa, Margarete
Moraes, Maria Celeste e Nereu D'Avila e tendo optado pela Abstenção o Vereador
Dr. Raul. Na ocasião, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se, apresentando
verbalmente Declaração de Voto da Bancada do PT, em relação à votação da Emenda
nº 04, acima referida. A seguir, foi votada destacadamente e aprovada a Emenda
nº 05, aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05,
por treze votos SIM, doze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Beto
Moesch, Dr. Goulart, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Maristela Meneghetti,
Mauro Zacher, Professor Garcia, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Sebastião Melo
e Sofia Cavedon e tendo optado pela Abstenção o Vereador Dr. Raul. Foi aprovada
a Emenda nº 06, aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo
nº 043/05, por quinze votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell,
Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Maria Luiza, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano e Não
os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Dr. Raul,
Guilherme Barbosa, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro e Sofia Cavedon. Foi votada destacadamente e aprovada
a Emenda nº 07, aposta ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº
043/05, por vinte e sete votos SIM, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores
Carlos Comassetto e Beto Moesch, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Claudio Sebenelo, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Meneghetti,
Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião Melo
e Sofia Cavedon. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 08, aposta
ao Substitutivo nº 03 do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por treze
votos SIM e quatorze votos NÃO, tendo votado o Senhor Presidente, após ser
encaminhada à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Guilherme Barbosa, Beto
Moesch e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio
Sebenelo, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria
Luiza, Mauro Zacher, Professor Garcia e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Adeli
Sell, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Maristela Meneghetti, Neuza Canabarro, Sebastião Melo e Valdir Caetano.
Na ocasião, os trabalhos estiveram suspensos das dezoito horas e doze minutos
às dezoito horas e treze minutos e das dezoito horas e vinte e três minutos às
dezoito horas e trinta e três minutos, nos termos regimentais. Após, o Vereador Carlos Todeschini solicitou
renovação de votação da Emenda nº 08, anteriormente votada, tendo o Senhor
Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em prosseguimento, foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 09, aposta ao Substitutivo nº 03
do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por dezesseis votos SIM e nove
votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr.
Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Neuza Canabarro,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano e Não os Vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Raul e Guilherme
Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 10, aposta ao Substitutivo nº 03 do
Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, por onze votos SIM e doze votos NÃO,
tendo votado o Senhor Presidente, após ser encaminhada à votação pelas
Vereadoras Margarete Moraes e Sofia Cavedon e pelo Vereador Beto Moesch, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os
Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Raul e Guilherme Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Neuza Canabarro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores
Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Ervino
Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Maristela Meneghetti, Professor Garcia e Sebastião Melo. Na ocasião, o Vereador
Beto Moesch manifestou-se acerca do § 2º do artigo proposto pela Emenda nº 10,
aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, anteriormente votada, e a
Vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando a renovação
da votação dessa Emenda. Às dezoito horas e cinqüenta e um minutos, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Claudio Sebenelo e Ervino Besson e
secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Passamos à
O Sr. Everton Marc,
Vice-Delegado da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra -
Delegacia no RS -, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à
divulgação do Curso de Política e Estratégia de Gestão - CEPEG -, pelo tempo
regimental de 10 minutos.
Também registro a presença do
Sr. Amarcy de Castro e Araújo, Diretor do Curso.
O SR. EVERTON MARC: Inicialmente, quero agradecer à Presidência
da Câmara Municipal de Porto Alegre pelo espaço ofertado à Associação dos
Diplomados da Escola Superior de Guerra no Rio Grande do Sul.
Gostaria de dizer o que é a
ADESG. A ADESG é uma entidade sem fins lucrativos, de utilidade pública, que
congrega os egressos da Escola Superior de Guerra e os alunos que fazem esses
cursos em todo o País, ou seja, os adesguianos. A ADESG foi fundada em 1951, no
Rio de Janeiro, e tem como finalidade disseminar os conhecimentos da Escola por
todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, nós já temos cerca de sete mil e
quinhentos adesguianos, entre os quais destacamos um Vereador desta Casa, aqui
presente, o Ver. João Dib, que muito nos honra em ter cursado este Curso da
ADESG em Porto Alegre. A ADESG também tem cursos em Caxias do Sul, Vacaria,
Santa Cruz e Uruguaiana. Este ano, estaremos realizando, em Porto Alegre,
Caxias do Sul e Vacaria.
O que é o nosso curso? O curso é destinado a
pessoas que desempenham funções ou possam vir a desempenhar funções ligadas à
área de planejamento estratégico, tanto no setor privado, como no setor
público. E também se destina a pessoas que têm interesse em aperfeiçoar seus
conhecimentos no que se refere à política internacional e à política nacional,
principalmente em temas estratégicos. O Curso tem uma duração de 300 horas e é
realizado de segunda a quarta-feira, das 19 horas às 22 horas, no Auditório do
Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército – GBOEX, ali na Av. Sete de
Setembro. Durante o Curso serão realizadas diversas visitas - teremos também
uma viagem - a estabelecimentos considerados estratégicos, de relevância e
importância aqui no Rio Grande do Sul, tais como a Siderúrgica da Gerdau, a
Aracruz Celulose, a General Motors e tantas outras indústrias consideradas
importantes para os alunos do nosso Curso. Temos uma viagem prevista, neste
ano, ao Exterior; se possível visitaremos algum país do Mercosul. Já fomos
diversas vezes ao Uruguai, Argentina, Chile. Fomos também aos Estados Unidos,
já visitamos a União Soviética - naquele tempo da então União Soviética -, o
que engrandece muito a participação dos alunos, com conhecimentos nessas áreas.
Nós temos uma plêiade de palestrantes, conforme os
senhores podem observar no fôlder. São professores universitários da PUC, da
UFRGS assim como da Unisinos; temos militares que prestam também a sua
colaboração; engenheiros de determinadas empresas que vêm prestar a sua
colaboração no que se refere à experiência dessas indústrias.
Discutimos temas como a questão da Amazônia - tema
que está na Ordem do Dia -, e nós teremos o prazer, em nosso Curso, da
presença, possivelmente, do General Cláudio Figueiredo, já hoje na Reserva, mas
que foi Comandante Militar da Amazônia. Teremos também uma série de palestras
visando a aperfeiçoar o conhecimento das pessoas, como eu falei, na área
política e de estratégia.
O Curso tem um custo de R$ 1.500,00, que pode ser
parcelado em quatro vezes, e as inscrições já estão abertas, devendo ser
realizadas em nossa sede que fica no Shopping Rua da Praia, no 22º andar,
preferencialmente à tarde.
Como eu falei, o Curso tem uma duração de quatro
meses; começa agora dia 30 de junho e termina no dia 30 de outubro. É
importante salientar que o Curso não tem aplicação de provas. O aluno é
avaliado pela sua participação efetiva nos trabalhos em grupo e nos debates que
são feitos normalmente após as palestras proferidas durante o curso.
Agradeço mais uma vez à presidência da Câmara por
ter cedido este espaço para trazermos ao conhecimento dos Srs. Vereadores e dos
demais presentes o que é a ADESG e o que é o seu curso de Política e Estratégia
de Gestão. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Nós é que
agradecemos.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sr. Everton Marc e Amarcy de Castro e
Araújo, da ADESG, quero dizer que tive a satisfação, em 1967, de ter feito o
curso da ADESG. Tem coisas que aprendi naqueles quatro meses em que lá estive e
que até hoje ainda são aplicadas, porque houve palestras sobre economia,
finanças, judiciário, política, enfim, todos os ramos da atividade humana estavam
ali expressados por pessoas da mais alta autoridade, cientistas, às vezes, e
que puderam transmitir para todos nós a sua experiência, os seus conhecimentos.
E eu recomendo a todos aqueles que puderem fazer o Curso, que o façam, porque,
por toda a vida, vamos lembrar de muitas coisas que ali aprendemos. Eu, por
exemplo, não esqueço nunca que a definição de pátria é um pedaço de terra que o
trabalho transforma em pátria. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
João Antonio Dib.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; quero cumprimentar, em nome do
Democratas, o Sr. Everton Marc, Vice-Delegado da ADESG, e o caríssimo amigo
Amarcy de Castro e Araújo. É uma alegria muito grande ter esses expoentes
pensadores da nossa pátria aqui conosco. Lembro-me sempre dos temas abordados
pela Escola Superior de Guerra, não polêmicos, mas estudados numa posição
macropolítica, macrocientífica, macrogeográfica do nosso País. Queira Deus se
todos nós tivermos a oportunidade de participar destes estudos, destes
levantamentos muito importantes para a estratégia futura do nosso País. Dito
isso, não preciso dizer mais nada. Sucesso continuado a essa organização, e
contem com o nosso apoio, nosso carinho e nossos aplausos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Ismael Heinen.
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Everton Marc e Amarcy de Castro
Araújo, representando a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra,
Delegacia do Rio Grande do Sul, divulgando o Curso de Política Estratégica de
Gestão. Colocamos, em nome da Bancada do PDT, dos Vereadores Nereu D’Avila,
Ervino Besson, João Bosco Vaz e Mauro Zacher, que o PDT estimula a realização
de cursos. Nós temos uma bandeira, que é da Educação, então, toda e qualquer
iniciativa neste sentido é muito bem-vinda. E eu, assim como o Ver. João
Antonio Dib, também recomendo a todos aqueles que puderem que realizem o curso
neste ano. Estamos praticamente entrando numa campanha eleitoral, então,
estamos impedidos, mas seria oportuno a todos os Vereadores terem esta
oportunidade de participar de um curso da mais alta importância. Estamos, neste
momento, com a Universidade Aberta Leonel Brizola via televisão, fazendo Curso
de Formação Política e Administração Pública, que seria praticamente a mesma
coisa. Parabéns pela iniciativa, pois ela é importante até para que se tenha o
aval da sociedade na formação do político, no perfil daquilo que se quer.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigada, Verª
Neuza Canabarro.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. Claudio
Sebenelo, Presidente; quero saudar os Srs. Everton Marc, Vice-Delegado, e
Amarcy de Castro e Araújo, diretor do Curso da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra, ADESG, Delegacia do Rio Grande do Sul. Quero dizer
que é uma honra, sempre, recebê-los aqui. A ADESG desenvolve um trabalho
nacional, através dos encontros e dos cursos que faz, extremamente importante
para um País como o nosso, de dimensões continentais como o nosso, e trata de
diferentes questões geopolíticas, envolvendo todos os interesses maiores do
nosso País.
Devo dizer que ainda não fiz o curso da ASDEG, mas
logo tratarei de fazer, porque sabemos bem da preparação dos professores, dos
mestres, das palestras e conferências e, exatamente, da convivência que a ADESG
faz quando, nos seus cursos, coloca os mais diferentes assuntos e ensinamentos
relacionados aos interesses maiores do nosso País. Meus cumprimentos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Elói Guimarães.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Ver. Sebenelo, meus caros
Everton, Amarcy e Balala Campos, que estão aqui para divulgarem esse Curso de
Estudos de Política e Estratégia de Gestão da nossa ADESG. Em nome da minha
Bancada, da nossa Líder Margarete Moraes e dos Vereadores petistas aqui
presentes, quero dizer da nossa alegria em ver temáticas tão variadas. Temos,
hoje, a necessidade de um aprofundamento dos debates sobre esses temas e,
também, sobre questões de gestão, porque acho que muito do que falta neste País
é planejamento e gestão. Tanto que esta Câmara está discutindo o futuro de
Porto Alegre, ou seja, o que nós faremos em termos de planejamento estratégico
para as futuras gerações. Como esse evento é um evento presencial, nós vamos
fazer a mais ampla divulgação e, talvez, num futuro próximo, assim que acabar o
Curso, o Sr. Everton, o Amarcy e a própria Balala possam fazer um curso à
distância, um curso não-presencial, porque facilitaria muito para as pessoas do
Interior do Estado, de outras localidades e mesmo para nós, Vereadores, que
temos uma agenda tão carregada, fazer esse curso com os senhores e, talvez, ter
um ou dois seminários conclusivos.
Portanto, a nossa solidariedade, o nosso empenho e
a nossa divulgação ao máximo potencial que podemos fazer neste momento. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Ver. Adeli,
muito obrigado. Suspendemos os trabalhos para as despedidas, agradecendo,
também, à jornalista Balala Campos pela presença.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h33min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 14h34min): Passamos ao
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em
Grande Expediente para homenagear, nesta oportunidade, os Emaús.
Convidamos para fazer parte da Mesa: o Sr. José
Antonio Célia, Presidente do Movimento dos Emaús do Acre; e o Sr. Arquiteto
Rodrigo Schiffner.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Caminho. Verdade. Vida. Essas três palavras, extraídas do Evangelho de
Cristo, identificam o conjunto de meios, deixados pelo próprio Cristo, que são
capazes de levar as pessoas ao alcance de um sentido para suas existências.
O ensinamento de João Paulo II sobre a necessidade de sentido para a
vida, apoiado no Evangelho, foi demonstrado, de modo científico, quando, alguns
anos atrás, pesquisas de opinião, realizadas na França, na Áustria e nos
Estados Unidos, evidenciaram que quase 90% das pessoas entrevistadas afirmavam
que o indivíduo humano precisa de “algo” em função do qual viver.
Entre estudantes universitários, inclusive, 78% afirmaram que seu
principal objetivo, naquele momento, era encontrar um propósito e um sentido
para a própria vida.
Tenho a ousadia de afirmar, com inteira segurança, que, se o mesmo estudo
fosse realizado aqui no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, o resultado
seria o mesmo, pois, de um modo geral, os nossos jovens chegam hoje à
Universidade - quando chegam - em meio a um vazio existencial terrível, pleno
de ambigüidades e distorções axiológicas, que torna suas vidas ausentes de
esperança e despidas de sentido.
Muitos desses jovens, inclusive, embora iniciados com entusiasmo na fé
cristã, ao longo do caminho se tornam tristes e abatidos, como se Deus
estivesse morto para eles.
A constatação dessa realidade foi o motivo para que, em 1969,
a pedido de Dom Agnelo Rossi, Arcebispo de São Paulo, do Monsenhor Benedito
Calazans e de uma equipe de leigos da Igreja Católica, fundassem o Movimento de
Emaús, então chamado de Encontro da Juventude, trazido para Porto Alegre já em
1973, a pedido do Cardeal Dom Vicente Scherer. Iniciava-se, para os jovens
brasileiros, uma nova caminhada, no sentido inverso da insatisfação, da
desesperança, da solidão, da dúvida e da descrença. E aqueles que haviam se
distanciado da Verdade ou que nunca a haviam conhecido, passaram a ter, no
Movimento de Emaús, a ajuda necessária para uma retomada da consciência.
Puderam vir a conhecer, então, a face jovem de Cristo, através de uma profunda
reflexão sobre o valor da vida, da Igreja e de uma vivência em comunidade à luz
da Palavra de Deus.
Nestes trinta e
cinco anos de existência do Movimento de Emaús em Porto Alegre, sempre sob a
atenta e generosa direção espiritual de Monsenhor Urbano Zilles, foram
realizados 157 cursos de valores humanos e cristãos para rapazes e moças.
Nesses cursos, cerca de sete mil jovens lá receberam o anúncio da Palavra de
Deus e viram transformadas suas vidas, agora impregnadas de um ideal pelo qual
vale a pena viver, ideal esse capaz de dar sentido e finalidade também à vida
de cada um de nós. De retorno às suas paróquias, ilustre Ver. Luiz Braz,
tornaram-se fiéis seguidores de Cristo, jovens líderes a darem testemunho de
vida dignificante e a se tornarem exemplos para a vida em comunidade, especialmente
entre a juventude. Oxalá se todos os jovens de nossa Cidade pudessem passar por
essa experiência maravilhosa do caminho de Emaús. Afirmo, com a mais plena
convicção, que Porto Alegre seria uma cidade realmente alegre e toda a sua
gente poderia ser feliz.
De qualquer forma, o Movimento de Emaús aí está, de
portas abertas para receber aqueles que o buscarem. E aqui eu faço um convite
aos pais e aos jovens que nos assistem pela TVCâmara: procurem conhecer o
Movimento de Emaús.
Tenho certeza de que aqueles jovens que fizerem
essa experiência vão se encantar, Vereador-Presidente Claudio Sebenelo, pois é
uma experiência de vida em comunidade, uma experiência de Deus, quase
impossível na correria do nosso dia-a-dia.
Meus caros jovens que nos
assistem pelo Canal 16 e pela Rede Vida de Televisão, dêem a vocês mesmos essa
grande oportunidade! Se você é solteiro, tem entre 18 e 26 anos e gostaria de
saber mais e compreender melhor a fé católica, entre em contato com o Movimento
de Emaús, ali na Igreja Maronita, na rua Jerônimo de Ornelas, em frente ao
Centro de Saúde Modelo. Se tiver oportunidade, vá participar do próximo curso
de Emaús e vá conviver com os jovens que já participaram do curso de valores
humanos e cristãos, nos encontros semanais, feitos antes da missa dos domingos,
às 20 horas. Depois conte e converse com os seus amigos, com os seus pais, para
divulgar essa bela experiência.
Finalizando, quero apresentar meus efusivos
parabéns ao Movimento de Emaús, a todos os seus dirigentes nesses 35 anos, em
especial, ao Monsenhor Urbano Zilles, pelo imenso bem que tem feito à juventude
porto-alegrense. Em nome da Bancada do Partido Progressista, do Ver. João
Antonio Dib, do Ver. Beto Moesch e, especialmente, do nosso Ver. Leandro
Soares, participante do Movimento de Emaús, quero apresentar os parabéns por
esses 35 anos de evangelização e de semeadura do amor de Cristo entre os
jovens.
O Sr. Beto Moesch: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, quero
parabenizá-lo, pois esta Casa jamais poderia deixar de fazer uma homenagem aos
35 anos do Movimento de Emaús, porque é uma instituição que é uma extensão de
nossas famílias, uma instituição que busca e faz a formação das pessoas, o
entretenimento e, portanto, é uma forma de nós também exercermos a cidadania
com conhecimento, com muito amor e muita solidariedade.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Obrigado, Ver.
Beto Moesch.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, em nome da minha Bancada,
do PDT, quero parabenizar V. Exª por esta brilhante iniciativa e cumprimentar
os dirigentes do Emaús. Temos aqui a cobertura do Canal 16 e da Rede Vida, que
tem essa grande oportunidade de transmitir esta homenagem aos nossos jovens,
porque muitos deles precisam se encontrar na vida. Então, é uma oportunidade
para que esses jovens procurem essa Entidade para que consigam encontrar um
caminho, o que é importante. Portanto, Ver. João Carlos Nedel, é uma belíssima
idéia que V. Exª traz aqui para esta Casa, hoje, com essa Entidade que presta
esse relevante trabalho aos nossos jovens. Obrigado.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Obrigado, Ver.
Ervino Besson. E que Deus abençoe o Movimento de Emaús.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. João Carlos Nedel, quero
cumprimentá-lo pelo pronunciamento, acho extremamente importante e oportuno.
Nossa mocidade tem que ser bem encaminhada. Mas me permito fazer um reparo no
pronunciamento de V. Exª: a Igreja Maronita é na Av. Jerônimo de Ornelas, e não
na Rua Jerônimo Coelho.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Perfeitamente,
muito obrigado. Então, que Deus abençoe a todos e dê vida longa e perene ao
Movimento de Emaús. E o Movimento, Ver. Claudio Sebenelo, quer homenagear a
Câmara de Vereadores para agradecer por esta homenagem com uma música cantada
por alguns jovens que aqui estão. Enquanto isso, alguns jovens vão entregar
flores para os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras.
(Assiste-se à apresentação.)
(Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Agradecemos a apresentação dos Emaús, que, de forma
musical, descontraem a nossa tarde. Convidamos o Ver. João Carlos Nedel para
fazer a entrega de uma Placa Comemorativa aos 35 anos do Movimento Emaús, que
esta Câmara de Vereadores homenageia.
(Procede-se à entrega da Placa.) (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. JOSÉ
ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo Sr. Presidente,
Ver. Claudio Sebenelo; nobres colegas Vereadores, nobres colegas Vereadoras...
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. JOSÉ
ISMAEL HEINEN: Peço vênia, assim não é possível
fazer o meu pronunciamento. E peço para recuperar o meu tempo também.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h54min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 14h58min): Estão
reabertos os trabalhos.
Solicito à platéia que faça silêncio, pois há um
Vereador na tribuna.
V. Exª tem a palavra assegurada, Ver. José Ismael Heinen.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, nobres Vereadores, público que nos assiste, queira Deus que
tenhamos, hoje, aqui, o exercício pleno de democracia. Acredito que sim!
Usando o Grande Expediente, Sr. Presidente, eu
quero trazer um tema que me preocupa muito, e acho que preocupa nós todos: não
é tudo um mar-de-rosas no contexto nacional, como a gente ouve, no dia-a-dia,
do Presidente da República, em cinco ou seis entrevistas por dia. Preocupa-nos,
sobremodo, nos últimos acontecimentos, o aumento dos juros para diminuir o
consumo - e diminuir o consumo é fazer com que tenhamos mais pobreza. Estamos
na contramão da história em diversos pontos: aumento de impostos, cargas e tudo
o mais, mas o que mais vem a nos preocupar neste momento - e eu fiz um estudo
para trazer à baila - é esse fantasma, esse monstro que vem rondar novamente o
nosso País, Ver. Luiz Braz, que é a inflação, que bate desesperadoramente à
porta de todos os brasileiros, principalmente daqueles de menores posses.
Isso preocupa, sobremaneira, principalmente aqueles
que já vivenciaram, que foram vítimas desse monstro que aterrorizou por 20 anos
nossas vidas, deixando marcas indeléveis em nossa memória. Falo do poder de
destruição de uma praga que arrasou a economia do País e prejudicou milhares de
brasileiros entre o início da década de 70 e o início da década de 90: a
inflação.
Os brasileiros com menos de 20 anos conhecem essa
praga apenas por meio de relatos dos mais velhos, porque, felizmente, convivem
com uma situação econômica relativamente estável no País, situação conquistada
a duras penas, com grande sacrifício da população e empenho de vários
governantes que, por meio do erro e acerto de suas inúmeras equipes econômicas,
chegaram ao Plano Real, a grande arma que anestesiou o monstro. Eu digo
“anestesiou”, porque agora estamos novamente vendo que ele não se abateu.
Agora esse monstro ameaça ressurgir de seu estado
letárgico, e nosso sentimento de pavor, adormecido há décadas, vem à tona, como
tsunami previsto, mas inevitável. Sabemos que, se essa praga se
instalar, destruirá nossas riquezas duramente conquistadas, desorganizará as
vidas, por certo, e espalhará desgraças para todos nós.
Buscando dados mais concretos, cito o Índice Geral
de Preços da Fundação Getúlio Vargas, medido entre 1974, início da inflação, e
1994, lançamento do Plano Real: 131.000.000.000.000% de inflação em 20 anos;
131.000.000.000.000! Vejam os senhores, para se ter uma idéia dessa proporção, a revista Veja faz uma comparação
interessante: um litro de água, cujo volume crescesse
nessa proporção, equivaleria, hoje, a um bilhão de metros cúbicos.
As seqüelas foram inúmeras, algumas irremediáveis,
como a quase falência da classe média e o empobrecimento da população, e esse
poder destruidor da alta de preços aniquilava com o poder de compra da moeda.
Quem não tem ainda, em sua cabeça, o inferno sonoro das maquininhas que
remarcavam diariamente - às vezes, mais de uma vez - o preço das mercadorias
nos supermercados? E aí, Presidente Lula, vai reeditar esse inferno, vai fazer
de conta que nada vê e que nada sabe?
Sabemos que a situação não é pontual como antes,
apenas nos países emergentes. Agora o contexto é mundial; os preços
internacionais de produtos básicos como o petróleo, os metais, os alimentos
passaram a subir rapidamente, trazendo uma ameaça não vista desde as crises do
petróleo dos anos 70. As causas são inúmeras, entre elas o enorme crescimento
de potências como a China e a Índia, que incorporaram milhões de novos consumidores
ao mercado.
A
minha preocupação, logicamente, é com o Brasil, com o Rio Grande do Sul, com a
nossa Porto Alegre! Gostaria de saber como o Governo pretende lidar com uma
inflação de 10% prevista mundialmente este ano. Será que só o aumento de juros irá
debelar a inflação?
Temos hoje a carga mais alta de juros do mundo. Os
dados demonstram que há uma falácia no momento em que apontam uma inflação
acumulada, este ano, de 5,48% - e a meta era de 4,5%. O mais preocupante não é
a frustração das expectativas, mas, sim, a velocidade com que isso está
acontecendo.
O que me preocupa, meus senhores, é a mesa dos
nossos co-cidadãos, trabalhadores de baixa renda. Não precisa ser economista
para constatar o aumento do preço dos alimentos; basta as donas-de-casa entrarem
novamente nos supermercados para constatarem que, toda semana, o mesmo dinheiro
compra menos produtos.
Um estudo efetuado pelo DIEESE mostra que um
trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou trabalhar mais horas - 111
horas - do que no mês anterior - 106 horas - para comprar os mesmos produtos.
O trabalhador brasileiro vê, diariamente, que sua
mesa fica mais escassa, some o pão do café da manhã e o feijão com arroz do
almoço! E a carne, pelo jeito que vai, só aos domingos.
E os governantes insistem em aumentar os juros e os
impostos neste País como solução para a crise. A previsão do mercado é que
essas taxas cheguem a 13,25% até o final do ano. Estamos já no prenúncio de
dois dígitos pelo IGPM.
Como podemos pensar em desenvolvimento econômico
com os juros nesses patamares, nesses índices? Quem perde com essa política
mercenária? Certamente o povo e os pequenos e médios empresários. A economia
engessa, o mercado de trabalho encolhe e o desemprego se instala, gerando
graves problemas sociais. E a Reforma Tributária e o controle dos gastos
públicos não são ações essenciais para o controle inflacionário?
O que constatamos é o contrário; o Governo ainda
quer suscitar o imposto tombado a duras penas pela oposição. Acabamos com a
CPMF, que era provisória, e o Governo hoje aprova, em pequenas parcelas, a CSS
permanente, aumentando mais o saque no bolso do trabalhador. Mais uma vez,
estão ofertando, ao monstro da inflação, o sangue do povo, num ritual macabro
de sacrifícios.
Sr. Presidente, o povo brasileiro espera que este
Governo trate com seriedade e austeridade essa grave crise inflacionária e
assuma, também, o compromisso de adormecer novamente esse monstro que nos
ameaça.
Para isso, é imprescindível tomar para si também
essa responsabilidade, revisando a gastança pública desenfreada, pois a classe
trabalhadora brasileira não suporta mais pagar a conta de dívidas que não lhe
pertence.
Meus amigos, mas o que vemos disso tudo é que a
economia global, economia oficial, está na contramão, enquanto a Petrobras, com
lucros astronômicos, aumenta 10% o óleo diesel, a gasolina, onerando o custo
dos produtos, o custo do feijão e tudo o mais.
Temos que repensar, Sr. Presidente, pois juros
altos inibem o crescimento, aumentam o preço de todos os produtos - o aumento
contínuo dos gastos públicos onera também -, e aí, o Governo quer mais imposto
e mais imposto.
O câmbio desfavorável; o dólar a R$ 1,62, isso já
faz com que a Balança Comercial diminua o seu superávit. O aumento dos
impostos, de ano em ano, de mês a mês é outra sangria que alimenta a inflação,
e, também, principalmente, Ver. Ervino, essa corrupção gigantesca do nosso País
em todos os níveis administrativos, sendo, talvez, uma das causas principais de
realimentação dos altos custos dos produtos básicos dos nossos trabalhadores.
Dito isso, espero que não deixemos que ela chegue,
que ela se instaure. Está na hora certa, está no limite de combatermos a volta
da inflação, mas não é apenas o povo e o trabalhador que devem pagar por isso.
O Governo terá de se aliar nesse esforço derradeiro, diminuindo os gastos
públicos, diminuindo a carga tributária, diminuindo e acabando com a corrupção
dos órgãos públicos deste País. Só assim teremos reflexos que haverão de
eliminar esse empobrecimento que gera menos renda para o trabalhador e menos
emprego. Isso é ruim, senhores e senhoras.
O jornal Zero Hora publicou hoje (Lê.): “A inflação
dos países pobres é o triplo da registrada nos ricos”. Esta inflação mundial.
Enquanto que a inflação, nos últimos meses previstos, o Brasil está na frente
da China, Quênia e Sri Lanka, com 11,32%. Mas para a baixa renda, para o
trabalhador, só os alimentos, só neste ano, já aumentaram mais de 20%. Quer
dizer, cada mês o nosso salário, cada vez o nosso trabalho e o nosso esforço
diminuem perante a mesa da essencialidade da sobrevivência humana, que é uma
alimentação sadia, para que possamos ter cidadãos sadios, para que possamos ter
cidadãos que possam dar estudo para os seus filhos, resgatar a cidadania deste
País. Queira Deus, Sr. Presidente, que - mesmo se o senhor não se preocupar, ou
achar que nada está acontecendo - esta inflação vá embora para não empobrecer
mais este povo brasileiro que, no passado, em apenas 20 anos, tivemos cento e
um trilhões de inflação. Era isso que queria trazer hoje, Sr. Presidente, e
quero desejar a V. Exª sucesso no dia de hoje. Porto Alegre precisa, mais do
que nunca de uma serenidade no dia de hoje, porque vamos resolver, talvez, um
dos pontos críticos da nossa Cidade. Agora, eu tenho certeza, cada um, conforme
a sua consciência, esperando pelo bem de todos e, principalmente, da nossa
Cidade.
Como última colocação, Sr. Presidente, eu quero
trazer uma reportagem de domingo do nosso jornal Zero Hora. Quando aconteceu
aquela deportação dos dois boxeadores cubanos, todos diziam que havia uma
deportação, que era contra a lei internacional, e era nos dito pelo Sr.
Ministro da Justiça, pelo Governo de S. Exª, o Presidente Lula, que não, que
eles apenas estavam devolvendo os boxeadores para Cuba. Vejam aqui, agora, esse
boxeador conseguiu, via barquinho, se aventurar em mar aberto e hoje está
exilado na Alemanha. A Alemanha deu-lhe o direito internacional que o Brasil
não deu na época. E ele diz que passaram fome, foram perseguidos, em Cuba; teve
que fugir para, talvez, lá de fora, poder mandar alimentos para os seus filhos.
Gente! A democracia não é só a que nós queremos, aquela que nós defendemos; a
democracia é una, é geral. Os direitos são os mesmos para os cidadãos, não só
para os cubanos, quando nós vamos para lá, mas quando eles vêm para cá também;
para aqueles que não têm emprego, aqueles que não têm como sobreviver com a sua
família em Cuba. E nós, aqui no Brasil, devemos também dar o mesmo direito de
cidadania, como todos os outros países que sempre abarcaram no nosso País. O
Ministro Tarso Genro está desmentido; os deportados agora fugiram novamente,
buscando asilo em outro país, porque, talvez, pela primeira vez na história, o
Brasil tenha sonegado. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. José Ismael Heinen.
Devido
a um acordo entre as Lideranças de situação e oposição, o período de
Comunicação de Líder passará para depois da Ordem do Dia.
Havendo quórum, passamos à
Em votação o
Requerimento de autoria da Verª Margarete Moraes, solicitando dispensa do envio
da Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 02 e da Emenda nº 07 ao Substitutivo nº 03,
do PLL nº 043/05, à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda nº
08, de autoria do Ver. Professor Garcia, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº
043/05, que acrescenta o artigo, onde couber, com a seguinte redação (Lê.): “A
aplicação desta Lei dar-se-á a partir da efetiva existência de formas
alternativas de rede e sobrevivência econômica dos condutores de veículos de
tração animal”.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 08 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05 à apreciação das
Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Apregôo a
Emenda nº 09 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05, de autoria dos Vers. Beto
Moesch e Haroldo de Souza, que “dispõe sobre o Programa de Redução Gradativa do
Número de Veículos de Tração Animal a ser elaborado por grupo de trabalho
composto por órgãos do Município e ONGs ligadas aos trabalhadores de VTAs e dá
outras providências, acrescentando a todos os dispositivos do Substitutivo nº
03, inclusive Ementa, após a expressão Veículos de Tração Animal (VTAs) a
expressão Veículos de Tração Humana (VTHs), destinados ao transporte de carga e
materiais recicláveis, (carrinhos)”.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando dispensa do
envio das Emendas nº 03, 04, 05, 06 e 09 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05
à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda nº
10 ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05, de autoria da Verª Margarete Moraes (Lê.):
“O Executivo Municipal deverá apresentar no prazo de 60 dias, em Audiência
Pública:
I – um programa municipal de reciclagem de resíduos
sólidos e orgânicos, que contemple catadores de resíduos em galpões de
reciclagem;
II – Plano de Investimento na área de geração de
renda e qualificação profissional para os catadores de resíduos sólidos e
orgânicos. Parágrafo 1º: O Programa Municipal de Reciclagem de Resíduos Sólidos
e Orgânicos e o Plano de Investimento deverão ser elaborados com planejamento
participativo, incluindo todos os segmentos envolvidos.
Parágrafo 2º: O início da fruição do prazo,
previsto nesta Lei, fica condicionado à aplicação do Programa e do Plano, previstos
nos Incisos I e II, bem como no parágrafo anterior.” Assinado pela Verª
Margarete Moraes.
Em votação o Requerimento de autoria da Verª
Margarete Moraes, que solicita dispensa do envio da Emenda nº 10 ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Professor Garcia, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 02 ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria da Verª
Margarete Moraes, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 02 ao
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo o
Requerimento de autoria da Verª Margarete Moraes, que solicita votação em
destaque para as Emendas nº 03 e 04 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
Apregôo o Requerimento de autoria da Verª Margarete
Moraes, que solicita votação em destaque para as Emendas nºs. 07 e 10, ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
Apregôo o Requerimento de autoria do Ver. Sebastião
Melo, que solicita votação em destaque para as Emendas nºs 05, 08, 09 ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
Apregôo o Requerimento de autoria da Verª Margarete
Moraes, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 04 ao Substitutivo
nº 02 do PLL nº 043/05.
Em votação o Requerimento de autoria da Verª
Margarete Moraes, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 04 ao
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda nº 05 ao
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05, com a seguinte redação (Lê.): “Fica
permitida a condução de veículo de tração animal em locais públicos para fins
de passeios turísticos e em rotas e baias que sejam autorizados pelo Executivo
Municipal.” Verª Margarete Moraes, Líder do PT.
Apregôo Requerimento de autoria
da Verª Margarete Moraes, que solicita votação em destaque da Emenda nº 05 ao
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, eu gostaria de ler um
Requerimento assinado pela nossa Líder, com toda a nossa Bancada, que diz
respeito ao Projeto ora em discussão (Lê.): “Solicitamos diligência do PLL nº
043/05 ao Executivo Municipal para que aporte a repercussão financeira do mesmo
e a respectiva fonte de recursos orçamentários com efeito suspensivo da
tramitação.” (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio
Sebenelo): Requerimento de autoria da Verª Margarete Moraes que solicita diligência do PLL nº 043/05 ao Executivo
Municipal para que aporte a repercussão financeira do mesmo e a respectiva
fonte de recursos orçamentários com efeito suspensivo da tramitação. (Pausa.)
O Ver. Sebastião Melo está com a
palavra.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, apenas com o fito de contribuição: se é que não estou enganado, e
acho que não estou, a diligência cabe quando o Projeto está em Comissão; não é
o caso. Então, eu solicito a V. Exª que seja esclarecida essa questão. As
diligências, nesta altura do processo, se não estou equivocado, não são
permitidas.
O SR. PRESIDENTE (Claudio
Sebenelo): Por gentileza, solicitamos a presença da Procuradora da Casa, no
sentido de esclarecer se podemos ou não fazer diligência dentro do atual
estágio do Processo.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Sebenelo, o pedido baseia-se na avaliação de que o Projeto não está
suficientemente instruído. Um Projeto que tem repercussões...
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito
silêncio aos senhores visitantes, porque há uma Vereadora falando. Solicito
silêncio! Há uma Vereadora usando a palavra. Silêncio!
A SRA. SOFIA CAVEDON: O Projeto
flagrantemente implica investimentos na Cidade, e esse custo não está previsto
no corpo e no processo dele. E, no meu entendimento, há a procedência a um
Requerimento dessa forma para que os Vereadores possam votar dando
conseqüência, avaliando a repercussão financeira e de onde virão os recursos
para que ele aconteça.
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Vereadora, eu peço, por gentileza, que V.
Exª espere um momento, porque a Procuradora logo esclarecerá isso.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo, manobras procrastinatórias não são muito
bem-vindas nesta Casa, porque nós não podemos nos envergonhar.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não há o que
fazer! Eu não estou impressionado com as vaias! Eu leio o Regimento Interno da
Casa e não tenho mais nenhuma dúvida. O Pedido de Diligência somente poderá ser
feito ao Presidente quando a matéria ainda estiver no âmbito da Comissão,
mediante Requerimento de Vereador. O pedido de diligência ...
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito
silêncio! Há um Vereador usando a palavra. Silêncio!
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Esse Pedido
não está mais na Comissão. Agora, se há alguma dúvida quanto ao ônus em relação
ao Projeto, essas dúvidas estão nas Emendas apresentadas pelo Partido dos
Trabalhadores. Eu creio que não há o que fazer a não ser continuar a votação.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Perfeito. Eu
solicito a gentileza do Plenário no sentido de aguardar um minuto até que
chegue a Procuradora. Ela está chegando e já vamos dar seqüência. Obrigado pela
palavra, Ver. João Antonio Dib, e pela orientação. (Pausa.)
Verª Sofia Cavedon, após orientação da
Procuradoria, está indeferido o Requerimento da Líder do PT, Margarete Moraes.
Diligência só cabe nas Comissões. Segue em discussão.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0976/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/05, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre o Programa de Redução Gradativa do Número
de Veículos de Tração Animal, a ser elaborado por grupo de trabalho composto
por órgãos do Município e ONGs ligadas a trabalhadores de VTAs e dá outras
providências. Com Substitutivos nº 03 (Ver. Sebastião Melo). Com Emendas nos
01 a 07 ao Substitutivos nº 03. Com Substitutivo nº 02 (Vereadores
Luiz Braz, João Dib e Sofia Cavedon). Com Emendas nos 03 e 04 ao
Substitutivo nº 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Substitutivo nº 01; Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 01 ao
Substitutivo nº 01; Relator Ver. João Carlos Nedel: pela existência de óbice de
natureza jurídica para tramitação do Substitutivo nº 02 e da Emenda nº 01 ao
Substitutivo nº 02 e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Substitutivo nº 03 e da Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 03;
- da CEFOR.
Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela rejeição do Substitutivo nº 01 e da
Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Substitutivo nº 01; Relator Ver.
José Ismael Heinen: pela aprovação da Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Substitutivo nº 01 e da
Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01;
- da COSMAM.
Relator Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do Substitutivo nº 01 e da Emenda
nº 01 ao Substitutivo nº 01.
Observações:
- prejudicada a votação do Projeto, das Emendas nos 01 e 02 ao Projeto e da Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 02, nos termos do art. 56 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 04-06-08, por força do art. 81 da LOM;
- Retirado o Substitutivo nº 01 e a Emenda nº 02 do Substitutivo nº 2.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Claudio
Sebenelo, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Ver. João Antonio Dib,
que é tão zeloso com as decisões da Casa e exige nos processos a repercussão
financeira de uma FG, uma Função Gratificada sequer, votada nesta Casa; tem que
ter repercussão financeira, que é um custo mínimo. Agora, um Projeto deste
volume... li e avaliei: a CEFOR rejeitou, Ver. João Antonio Dib, pelo menos o
Substitutivo n.º 01; a Comissão de Constituição e Justiça rejeitou o Processo,
ou seja, as avaliações técnicas nos dizem que ele é um Projeto demagógico
porque não tem orçamento para aplicar! Não tem recurso previsto para aplicar o
Projeto! O Projeto propõe a retirada de trabalho de oito mil pessoas e não
prevê, na cidade de Porto Alegre, recursos para isso. Quanto custa? E esse é o
fulcro, Ver. Sebenelo, e eu não sou da CEFOR, da Comissão de Finanças e
Orçamento e pergunto aos Vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento desta
Casa como avaliaram a sustentação desse Projeto? Porque não é sério propor que
saiam do seu trabalho oito mil pessoas e não apresentar alternativa! Não é
sério! Não é sério, não é justo e não é humano! E nós, nesta Casa, não vamos
pelo discurso fácil, que não tem desdobramento. A Bancada do Partido dos
Trabalhadores apresentou uma Emenda em que o Governo deve apresentar, no prazo
de 60 dias, um programa, um projeto, sobre a repercussão financeira, e essa lei
entraria em vigor a partir da execução do programa. Mas essa Emenda é uma
Emenda que não leva fé neste Governo, porque o projeto é de autoria do Ver.
Sebastião Melo, do PMDB, Partido do Prefeito da cidade de Porto Alegre. Se
fosse uma posição séria, partidária, conseqüente, esse Projeto viria do
Executivo com a correspondente implicação financeira, com o correspondente
projeto, programa real para reinstalar essas pessoas, redimensionar o trabalho
dessas pessoas.
Imaginem se nós decidíssemos, por exemplo, que a
Av. Azenha tem que ser alargada para passar mais ônibus, como ela tem muitas
lojas, nós iríamos ter que retirar as lojas, e este Governo teria de indenizar
uma por uma das lojas da Av. Azenha. Onde está prevista a indenização de cada
um dos trabalhadores que vivem hoje do recolhimento do lixo? Essa é a pergunta.
Essa é a questão para sermos sérios e não sermos demagógicos. Esse é um debate,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, que deveria ter sido feito nas
Comissões. Eu sou da Comissão de Educação, onde esse Projeto não passou. Eu não
lembro de tê-lo discutido nas Comissões, agora, as Comissões têm que avaliar a
repercussão financeira, elas têm que dizer como é que um Projeto de Lei – se
esta Casa é séria –, após aprová-lo, vai ser executado. Essa é a questão
central. Desde o inicio, nós estamos debatendo que o Prefeito Fogaça não
construiu nenhum galpão novo de reciclagem.
Nenhum, porque os dois que têm aqui no Viaduto já
existiam, devem ter recebido alguma melhoria, eu não sei; mas já existiam, é um
esforço da comunidade. O Governo Fogaça engavetou o Ecoparque, um Projeto que
ficou pronto porque produziria mil empregos. Então, ou bem nós encontramos
alternativas ou nós seremos irresponsáveis, inclusive, com a técnica
legislativa, mas principalmente com as pessoas. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
Apregôo o Requerimento de
autoria da Verª Margarete Moraes, que solicita dispensa do envio da Emenda nº
05 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05 à apreciação das Comissões.
Em votação o Requerimento, de
autoria da Verª Margarete Morais, que solicita a dispensa do envio da Emenda nº
05 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05 à apreciação das Comissões. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO.
O Ver. João Antonio Dib está
com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; o
legislador deve ter, no mínimo, seriedade, coerência, dignidade. A Verª Sofia
Cavedon faz um discurso para estas pessoas que aqui estão, as quais eu respeito
profundamente, e faz outro discurso nos documentos que aqui estão. A Verª Sofia
Cavedon apresenta o Substitutivo nº 02, juntamente a este Vereador e ao Ver.
Luiz Braz, que não tem despesa nenhuma, que não há gastos, mas proíbe a
circulação de veículo de tração animal no perímetro compreendido pela Av.
Ipiranga, Antônio de Carvalho, Av. Protásio Alves, Av. Carlos Gomes, Av. Sertório,
Av. Farrapos, Av. Mauá, Av. Edvaldo Pereira Paiva e Ruas Dom Pedro II e Souza
Reis. Portanto, uma área bastante extensa, o que resolveria, no nosso
entendimento, o problema dos carroceiros. Resolveria.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Meus amigos, carroceiros, eu quero me
dirigir para vocês. Vocês não podem se iludir com o que é dito aqui, por
Emendas que são feitas para que não seja votado.
Bom, Sr. Presidente, a Verª Sofia Cavedon tem uma assinatura muito bonita, está aqui, junto à minha e à do Ver. Luiz Braz. Agora, a única maneira de fazer a procrastinação foi apresentar o Requerimento, que é absurdo, que não pode ser feito, e é tão fácil resolver. Nós votamos contra a Emenda da Vereadora - não, da Vereadora não, do Partido dos Trabalhadores - e não há mais nenhum percalço. Vamos ser sérios, vamos ser responsáveis, vamos assumir a responsabilidade, que é o que falta neste País. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
João Antonio Dib.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, as crianças querem entregar um desenho e flores, e eu solicitaria a
V. Exª que as recebesse.
(Manifestação nas galerias.)
(Procede-se à entrega dos mimos.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu gostaria também que V. Exª lesse as cartas.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Eu lerei a
carta das crianças (Lê.): “Ao Presidente Sebastião Melo da Câmara Municipal de
Porto Alegre. As crianças do Jardim, da Escola Infantil Pequeno Mundo, vêm, por
meio destas, formalizar a solicitação de aprovação do Projeto relativo à
circulação de carroças no trânsito de Porto Alegre, conforme justificativa
individual que consta nos desenhos em anexo. O assunto foi trazido à sala de
aula pelo aluno Lucca Tisser Paradeda, dentro de um projeto semanal
“Trabalhando com Notícias”. O recorte era do jornal Zero Hora, do dia 10 de
junho, sendo lido pela professora no momento da rodinha e amplamente discutido
por todos. Cada opinião foi anotada em uma folha e entregue às crianças, que
ilustraram a opinião já verbalizada. Desde já, agradecemos a atenção. Maiara
Ferrão, Professora do Jardim A; Rosana Reis, Pedagoga; e a Diretora da Escola
No Pequeno Mundo, juntamente com os alunos Guilherme, Francisco, Analiz,
Bernardo, Manuela, Lucca, Pedro, Bianca e Miguel.” Meus parabéns!
(Manifestação nas galerias.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, eu coordeno a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente da
Câmara de Vereadores de Porto Alegre e, desde já, quero, através da Presidência
da Comissão de Educação, que seja chamada esta Escola a esta Casa, porque está
havendo o uso de crianças, o que é “o fim da picada”. É uma vergonha o que está
sendo feito, a utilização de crianças e adolescentes por uma instituição!
(Manifestação nas galerias.)
O SR. GUILHERME BARBOSA: Muito
rapidamente, quero dizer que esta reunião, a ser convocada pela Verª Maristela
Maffei, deverá ser em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. BETO MOESCH: Numa
democracia, não são só os adultos podem se manifestar, mas as crianças e os
adolescentes também!
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Ver. Claudio
Sebenelo; Vereadores, Vereadoras, todo público que nos assiste aqui, eu, neste
momento, tenho que ter coerência com os meus 30 anos na Saúde Pública, em que
trabalho junto às comunidades pobres desta Cidade. O que eu tenho para dizer, e
falo para todos aqui, como quem convive com esta matéria: as pessoas que saem
com as carroças às 5 horas da manhã, da Ilha dos Marinheiros, não saem para
brincar, eles saem para trabalhar. Enquanto nós não tivermos uma inclusão
social real dessas pessoas, nós não podemos tirar as carroças da Cidade. Eu
lamento muito que outras pessoas pensem diferente; eu também sou da classe
média, eu também tenho problemas no trânsito por causa das carroças, eu também
sou contra crianças estarem nas carroças e não na escola – isso não deve ser
permitido. Agora, vamos ser realistas: nós estamos aqui, nós estamos no
Terceiro Mundo, algumas pessoas estão no Primeiro Mundo...
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE
(Claudio Sebenelo): Solicito silêncio, há
um Vereador na tribuna! Silêncio!
O SR. DR. RAUL: Este Projeto não contém o financiamento da inclusão social dessas
pessoas. No momento em que isso estiver incluído, eu vou ser o primeiro a
tentar diminuir o número de carroças na Cidade. Acho que deve haver uma
fiscalização muito grande, que não está havendo por parte da EPTC; acho que
deve haver veterinários para fiscalizar esses cavalos que estão aí, e não
depender do carroceiro ou dizer que o pessoal da carroça maltrata ou não
maltrata. Alguns realmente maltratam – nós sabemos disso também -, mas a
solução é termos veterinários, termos fiscalização e melhorarmos a qualidade de
vida das pessoas. São três ou quatro gerações que estão trabalhando com
carroças nesta Cidade; não são cinco nem dez pessoas. São 50 mil pessoas que
dependem disso! Então temos que ter sensibilidade e integridade. E eu, como
médico de Saúde pública, sou obrigado a falar dessa maneira, porque é o que eu
sinto. Se algumas pessoas não gostam, talvez, ali na frente, a gente possa achar
um denominador comum: ótimo! Sou parceiro para isso também. Agora, eu acho que
este Projeto está de “cabeça para baixo”. Ele devia vir primeiro com a real
inclusão social das pessoas para depois tirar as carroças da Cidade, porque é
muito fácil viver na ilha da fantasia, desconhecer a realidade social.
Então, vamos
trabalhar juntos tentando construir melhor essa questão. Este Projeto não
resolve o problema, ele marca prazo para terminar e não marca prazo para dar
trabalho para as pessoas! Então, a questão do lixo da Cidade tem que ser
melhor resolvida, a separação deve ser melhor realizada, os carroceiros têm que
ter mais cuidado e não espalhar lixo desnecessário por aí também. É um processo
de inclusão das pessoas, e isso passa por educação, por financiamento, e não
simplesmente estabelecendo um prazo para terminar com um trabalho que faz com
que essas pessoas subsistam. Saúde para todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito
silêncio às pessoas que estão nos visitando. Se não fizerem silêncio, enquanto
tiver um Vereador na tribuna, vamos suspender a Sessão.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
gostaria de repetir o que falei na semana passada: acho que o Ver. Sebastião
Melo foi corajoso, independentemente da minha posição, em trazer esse tema.
Agora, acho que o Prefeito Municipal de Porto Alegre - nós quase não o vemos -
age como se não existisse uma situação real e repassa a sua responsabilidade,
como se aqui houvesse uma dicotomia tal que as pessoas pudessem fazer uma
separação. E nós sabemos que é uma falsa separação. Para alguns - pobres como eu
ou classe média - que se fazem de arrogados com uma concepção de burguês
enrustidos - que é a pior laia que existe... O pior câncer que existe na
sociedade é pobre com cabeça de rico, fazendo de conta que cuida dos animais,
mas esses não cuidam e excluem parte da sociedade. Portanto, senhoras e
senhores, quero deixar clara a posição da Bancada do PCdoB, de que essa falsa
dicotomia tem um preço muito caro, e que não apontam aonde buscar para
solucionar o problema; apontam apenas a discriminação! E vou repetir sem medo
algum: se houvesse, hoje, uma votação sobre a pena de morte, a maioria de vocês
seria morta, porque muitos daqueles que estão aqui são preconceituosos. Falo
isso com tranqüilidade. Nós estamos próximos de uma eleição em Porto Alegre, e
quem não tem medo de ser colocado fora de qualquer segmento.... Porque isso
daqui é passageiro! Esse espaço é passageiro, e eu sei de que lado eu vou
estar, se eu não estiver mais aqui a partir de outubro: estarei com aqueles que
lutam por todos aqueles que foram excluídos pela sociedade. Viva os
trabalhadores, viva os catadores, viva a democracia! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Verª Maristela Maffei.
(Tumulto no plenário.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito ao público que se mantenha em silêncio, em
respeito aos Vereadores, porque agora vai falar uma oradora.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
A SRA.
MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; senhoras e
senhores, todas as pessoas que comparecem nesta Casa e que se interessam por
essa questão, na verdade, é uma questão bastante complexa, porque envolve
muitos lados. Primeiro, do ponto de vista da Bancada do Partido dos Trabalhadores,
essa questão envolve as pessoas, os carroceiros, os carrinheiros, as suas
famílias; pessoas que querem exercer o direito de trabalhar, e que vêem, nesse
trabalho, o meio de sustentação das suas famílias. Não são bandidos; são
trabalhadores, e nós devemos respeitá-los. Em segundo lugar, Ver. Sebenelo,
essa questão trata do bem-estar dos animais. Nós amamos os animais; agora, caso
aprovado este Projeto, eu pergunto: o que nós vamos fazer com 4 mil cavalos?
Nós vamos matar os cavalos, por acaso? Quem gosta dos animais se preocupa com
isso também.
Depois, nós queríamos falar no lixo da Cidade. Deve
o DMLU recolher todo o lixo? É uma questão a discutir. Como as pessoas vão
sobreviver sem a coleta do lixo? É uma questão que nós temos que resolver. Temos
que ter alternativas.
(Tumulto nas galerias.)
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, eu gostaria que o senhor preservasse o meu tempo, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Eu solicito
silêncio. Eu solicito, por gentileza, que se mantenham em silêncio enquanto
houver um orador na tribuna, porque, senão, nós vamos até amanhã, aqui.
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Mas o senhor
também não está respeitando. Eu estou pedindo silêncio, e o senhor está aos
berros, aí. Então, vamos fazer o seguinte: vamos fazer um pacto, vamos terminar
numa boa. Vamos terminar numa boa!
A SRA. MARGARETE MORAES: Nós
respeitamos todas as posições, embora tenhamos uma posição neste momento, que é
explícita, mas é com muito respeito. Agora, essa questão é de responsabilidade
do Governo Fogaça, é responsabilidade do Prefeito Municipal, é uma
responsabilidade constitucional e uma responsabilidade moral do Prefeito
Fogaça, que, desde quinta-feira, está assistindo de camarote a esse conflito na
Câmara Municipal de Porto Alegre e lava as mãos, lava as mãos para a situação
das pessoas! Está olhando da janela a “banda passar”, mas não é a banda do
Chico Buarque; é um conflito grave, é um conflito social, que envolve o trabalho,
o sustento de milhares de pessoas.
Esta também, Presidente, é uma cidade que é a
Capital dos gaúchos e gaúchas, um Estado rural, cuja cultura do cavalo, da
carroça, da charrete, já foi decantada em prosa e verso por Glaucus Saraiva,
Vasco Prado. Nós temos que respeitar, culturalmente a alternativa: carroça,
charrete. Quem quer valorizar o turismo rural, como é que vai ficar? Como é que
vão ficar os pequenos transportes na Zona Sul de Porto Alegre, de verduras, do
gás? Ou na Zona Norte, na Vila Nova Gleba? Nós queremos saber.
Primeiro, como disse o Dr.
Raul, é preciso incluir. Primeiro, tem que incluir, oferecer alternativas
concretas, oferecer alternativas de fato para as pessoas terem uma vida digna
de ser vivida, uma vida moderna, com acesso à educação, à arte, ao bem viver, à
moradia e à saúde; depois, tomar decisões. Como eu já disse antes, o Prefeito
teve quatro dias, além dos três anos e meio, para sair da sua redoma e assumir
a sua responsabilidade. Por fim...
(Tumulto nas galerias.)
(Não revisado pela oradora.)
Verª Sofia Cavedon, o
Projeto é demagógico, mas, Verª Sofia Cavedon, o Substitutivo do Ver. Braz que
nós estamos agora corrigindo – e V. Exª assina esse Substitutivo –, acaba com as
carroças amanhã, de uma vez por todas.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: Que
incoerência! Onde é que está a coerência? A cidade de Porto Alegre, de uma vez
por todas, vai poder ver quem é coerente e quem não é coerente aqui neste
Plenário.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: Quem se diz
ecologista no Fórum de Entidades e depois é contra - e a favor inclusive do
crime ambiental, previsto em Lei Federal... V. Exª vai ter que explicar para a
sociedade essa incoerência.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: Todos querem o
direito de o catador trabalhar, porque, enquanto a classe média, da qual eu
faço parte, continuar botando o lixo no chão, continuar não separando o lixo,
nós vamos continuar precisando... Como sempre disse José Lutzenberger: “Os
catadores são os maiores ecologistas deste País”. O irmão Cecchim sempre diz
isso, e eu sempre estive ao lado dele, mas nós queremos, justamente, dar
condições de trabalho, não deixá-los ao deus-dará, como o PT fez nos seus 16
anos.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: O PT deixou
vocês ao deus-dará, e nós queremos, de uma vez por todas, dar a vocês condições
dignas de trabalho.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: É a hora da verdade! Respondo o que vamos
fazer com os 4 mil cavalos. Respondo, respondo, Ver. Sebenelo! Em primeiro
lugar, por causa da política do Partido dos Trabalhadores, eram 300, e, hoje,
são 4 mil. E nós vamos perpetuar esse problema?! Daqui a 10 anos serão 8 mil.
Nós temos que congelar esse ...
A SRA. SOFIA CAVEDON: V. Exª permite
um aparte?
O SR. BETO MOESCH: Ver. Sebenelo,
a Sofia Cavedon que use o microfone.
Eu exijo... Não lhe dou aparte, não lhe dou aparte,
não lhe dou aparte! Eu não dou aparte para os incoerentes!
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: É a hora da
verdade! Vamos ver quem é quem! E o PT quer procrastinar o debate, não quer
enfrentar o voto! Ele tenta, de todas as maneiras, adiar a votação. Tentou
quinta-feira, não conseguiu; tentou hoje de novo, por outro motivo, e não
conseguiu. Porque não tem coragem!
(Tumulto nas galerias.)
O SR. BETO MOESCH: Quero aqui,
Ver. Sebenelo, que muito bem preside estes trabalhos, colocar que existem
crianças do lado de lá e do lado de cá! (Tumulto nas galerias.) E as crianças
devem se manifestar, inclusive mais do que os adultos, porque, se nós as
ouvíssemos mais, talvez não estivéssemos neste mundo injusto em que vivemos.
Vereador, para concluir, quero apenas lembrar mais
um fato a que algumas pessoas talvez não atentaram: o Código Municipal de Saúde
proíbe que animais convivam no meio urbano. Os cavalos que ficam em baias, sem
regras, estão afetando, Ver. Dr. Goulart, a saúde pública dos seus vizinhos tão
carentes quanto eles; e os vizinhos que não possuem cavalos e que não possuem
carroças querem um ambiente mais sadio, e não conseguem.
Por isso, nós queremos regrar; por isso, nós
queremos qualificar e ampliar os galpões. E é o que diz o Projeto do Ver.
Sebastião Melo, que é a previsão orçamentária necessária para a qualificação e
ampliação dos galpões de triagem. Viva a verdade, viva a Justiça!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Apregôo a Emenda n° 06 ao Substitutivo n° 02
do PLL n° 043/05, de autoria do Ver. Professor Garcia, que acrescenta (Lê.): “A
aplicação desta Lei, dar-se-á a partir da efetiva existência de formas
alternativas de renda e sobrevivência econômica dos condutores de VTA”.
Requerimento de
autoria do Ver. Professor Garcia solicitando dispensa do envio da Emenda n° 06
ao Substitutivo n° 02 ao PLL n° 043/05 à apreciação das Comissões. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda n° 07 ao Substitutivo n° 02 do PLL n° 043/05, de autoria
do Ver. Sebastião Melo e do Ver. Haroldo de Souza, que acrescenta o parágrafo
único ao art. 1° do PLL n° 043/05 (Lê.): “Fica estabelecido o prazo de 8 anos,
a contar da publicação da presente Lei, para que seja proibida, em definitivo,
a circulação de Veículos de Tração Animal no Município de Porto Alegre,
excetuando-se a sua utilização de VTAs em locais privados; locais públicos,
desde que para passeios turísticos; áreas rururbanas; e rotas e baias
autorizadas pelo Executivo Municipal”.
Apregôo a Emenda n° 08 ao
Substitutivo n° 02 ao PLL n° 043/05, de autoria do Ver. Beto Moesch, do Ver.
Sebastião Melo e do Ver. Haroldo de Souza (Lê.): “Acrescente-se, a todos os
dispositivos do Substitutivo n° 02, inclusive Ementa, após a expressão Veículos
de Tração Animal (VTAs) a expressão Veículos de Tração Humana (VTHs) destinados
aos transportes de cargas e materiais recicláveis (Carrinhos)”. Justificativa
da tribuna.
Apregôo Requerimento,
de autoria do Ver. Sebastião Melo, solicitando votação em destaque para as
Emendas nºs 07 e 08 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que solicita a dispensa do
envio das Emendas n°s 07 e 08 ao Substitutivo n° 02 do PLL n° 043/05 à
apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda n° 09 ao Substitutivo n° 02 do PLL
n° 043/05, de autoria do Ver. Beto Moesch e do Ver. Luiz Braz (Lê.): “Fica
criado parágrafo único ao artigo 1°. Parágrafo único - A proibição de que fala
o artigo 1° fica suspensa até a implementação, por parte do Executivo, de
medidas que possibilitem a seqüência natural do trabalho de coleta de lixo,
fora da região vedada ao tráfego de Veículos de Tração Animal”.
Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz,
solicitando dispensa do envio da Emenda nº 09 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº
043/05 à apreciação das Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo o destaque das Emendas nºs 07 e 08 ao
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo.
O Ver. Elias Vidal está com a
palavra para discutir o Substitutivo nº 02 PLL nº 043/05.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, talvez fosse mais
cômodo ficar ali na minha poltrona e não externar o que penso a respeito de
tudo isso.
Mas a minha consciência me diz que tenho de vir
aqui e externar o que penso, e a maneira como vou votar. Vou votar contra o
Projeto e digo o motivo.
Para este Vereador, Elias Vidal, não está claro
ainda o assunto. No meu ponto de vista ainda não está claro. Acho que não foi
discutido como deveria. Então, na dúvida, vou votar contra o Projeto.
Mas faço aqui uma ressalva: não acho justo falar,
aqui, do Prefeito José Fogaça, que está há três anos e meio no Governo, pois a
oposição ficou 16 anos no Governo e poderia ter trabalhado isso, mas não o fez.
Então, não acho justo dizer que o Prefeito José
Fogaça está no camarote, assistindo de braços cruzados. Durante 16 anos, os
Prefeitos que hoje são da oposição, e antes eram da situação, ficaram no
camarote, durante 16 anos, de braços cruzados.
Então, vamos ser justos na interpretação. Fica aqui
o registro.
Eu me preocupo, tenho medo, como disse o Ver. Raul
Fraga, preocupa-me o tempo que vai decorrer o Projeto, onde isso vai chegar,
quais os prazos, as metas, para irmos adequando essas famílias que têm as suas
carroças.
Penso, como ele, que os cavalos precisam ser melhor
tratados. Acho que um ou outro carroceiro não está tratando bem o seu cavalo,
como pode ocorrer em outras profissões, não podemos generalizar. Eu acho que há
os bons profissionais e os maus em todas as profissões, em todas as atividades;
como no meio político também há os bons e os maus; os bons e maus médicos; os
bons e maus mecânicos. Existem os bons carroceiros, sim, eu acredito. As
famílias que fazem trabalhos sérios, que levantam de madrugada, na noite e saem
por aí afora buscando papel, o lixo, para transformar em leite, em pão, em
açúcar, em arroz, em feijão, para os seus filhos - nisso eu acredito.
Então, para este Vereador não está claro, tenho
medo de votar a favor do Projeto e depois me arrepender por não ver, ainda, uma
política clara. Fica aqui registrado que os Governos anteriores, de 16 anos,
não trabalharam neste assunto – que fique claro! Mas vou votar contra, porque
para este Vereador não está claro, ainda. Tenho medo de que os carroceiros que
fazem da carroça, do cavalo, a sua única forma para trazer o pão para dentro de
casa, não tenham ainda uma forma clara e confiável de subsistência, do ponto de
vista deste Vereador. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº
043/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, no exercício dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; colegas
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, eu quero iniciar cumprimentando
todas as entidades aqui presentes e quero trazer aqui para esta tribuna uma
reflexão que não foi feita, no meu ponto de vista, até o momento. E quem fala
aqui é um Vereador, engenheiro agrônomo, filho de pequenos agricultores, com o
pai que tinha uma pequena leitaria, e que se criou em cima das carroças,
ajudando a distribuir leite. A minha função prioritária, em casa, até os meus
doze anos, era dar comida e realizar o bom trato aos animais. Eu tenho certeza
absoluta de que a senhora que me contrapôs nunca tratou um animal. Nunca tratou
um animal!
(Manifestação nas galerias.)
O SR. CARLOS COMASSETTO Sr.
Presidente, eu quero que garanta o meu tempo, por favor!
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): V. Exª também
pare de provocar a platéia.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Porto Alegre,
a Capital gaúcha, tem o termo gaúcho, que quer dizer homem triste que vive no
campo com o seu companheiro, o cavalo. A Capital dos Gaúchos é a Cidade do
Brasil...
(Manifestação nas galerias.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, assegure o meu tempo, por favor.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Ele não tem o
direito de fazer isso. Não. Não vou segurar o tempo.
O SR. CARLOS COMASSETTO: A Capital dos
Gaúchos é a Cidade no Brasil que tem a maior quantidade de cavalos no seu
território. Eu sou morador da Zona Sul de Porto Alegre e também tenho cavalo.
Estes cavalos, que são em número de oito mil, se nós simplesmente proibirmos a
utilização deles na tração animal, na equitação, nos passeios de charrete e
outras atividades, o que será feito com estes animais? Eu quero saber! Quero
que todas as comunidades que aqui estão, dos carroceiros e dos protetores dos
animais, acompanhem-me, amanhã, ao Centro de Zoonoses do Município de Porto
Alegre.
(Manifestação
nas galerias.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ao
Centro de Zoonoses, onde não é dito, em momento nenhum, o que ocorre. Sabem o
que é feito no Centro de Zoonoses? E não ouvi nenhuma entidade protetora dos
animais levantar a voz. Lá os cachorros e os gatos, que são recolhidos na Cidade, são assassinados no Centro de Zoonoses;
são assassinados! Eu não vi, eu não vi de que maneira o Centro de Zoonoses
entra aqui na política de proteção aos animais da cidade de Porto Alegre; é
isso que precisamos discutir.
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver.
João Bosco Vaz está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do
PLL nº 043/05.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não iria falar, mas
ouvi tanta bobagem, tanta besteira nesta tribuna, que eu estou presente,
talvez, para complementar a besteira que V. Exª falou agora: que fez uma
Emenda, dando 60 dias para o Prefeito Fogaça fazer um projeto, quando o seu
Governo, em 16 anos, não fez coisa nenhuma para resolver o problema.
Vou repetir, Ver. Comassetto! Vou repetir para o
senhor. Eu não vim dizer bobagem aqui! Eu não vim dizer bobagem aqui! É preciso
preservar os empregos desse pessoal? É preciso. Agora, não venha fazer
demagogia aqui, fazer emenda! Se o senhor é contra o Projeto, para que fazer
emenda? Como o Fogaça vai ter, em 60 dias, um projeto que vocês não tiveram em
16 anos? Não tiveram em 16 anos!
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte?
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Pode falar.
Venha aqui. Fale no aparte. Diga isso! Como fazer um projeto em dois meses?
Pode falar. Explique por que não fez em 16 anos,, e o Fogaça tem que fazer em
dois meses. Pode falar.
O Sr. Carlos Comassetto: Prezado Ver.
João Bosco Vaz, eu respeito o senhor, que foi Secretário até a poucos dias e
que trabalhou muito com as crianças. Talvez o senhor tenha esquecido as
crianças das ilhas dos carroceiros. Quero lhe dizer que a nossa Administração
deixou 14 galpões de reciclagem e um sistema instalado e que a sua não
construiu nenhum. Essa é a diferença.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: O que as
crianças das ilhas precisam, Vereador - e o senhor é, mais uma vez, demagogo -,
sabe o que as crianças precisam? É não estar tocando as carroças! É não estar
trabalhando! É isso que essas crianças precisam! É proibido o trabalho
infantil! É proibido o trabalho infantil! Ouça, aqui, Ver. Comassetto! Lá na
Ilha dos Marinheiros tem o Projeto da Secretaria, chamado Social Futebol Clube
- com o Tovar e com o Escurinho, dois ex-ídolos do Internacional - que atende
100 crianças por semana; a Secretaria de Esportes fez projeto lá, estão lá,
estão lá!
Então, não venham aqui com demagogia, dizendo que o
Fogaça tem que apresentar um projeto em dois meses; não fizeram nada em 16
anos! Não fizeram nada em 16 anos! Aliás, Verª Maria Celeste, minha querida
amiga, Verª Margarete, que eu respeito; Ver. Danéris, a única iniciativa de
excelência, meu querido amigo Guilherme, que houve para resolver o problema das
carroças foi quando uma ONG apresentou o projeto dos carrinhos elétricos para
substituírem as carroças, e o então Prefeito Tarso Genro não quis, não aprovou.
Não quis! Preferiu deixar as carroças nas ruas.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Como eu não
me curvo à pressão, voto a favor do Projeto do Ver. Sebastião Melo. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL
nº 043/05.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Sebenelo;
demais colegas Vereadores e Vereadoras; demais pessoas que nos acompanham,
todos nós aqui, hoje, com certeza, vamos ser vaiados e vamos ser aplaudidos, e
eu tenho a prática de tentar me acalmar o mais possível quando o ambiente está
tenso. Quanto mais tenso o ambiente, eu tento ficar bastante calmo, e eu quero
dizer que, durante muitos dias, enquanto a nossa Bancada estava produzindo uma
posição, eu fiquei em dúvida sobre o Projeto, se aprovava o Projeto, se não
aprovava, se apresentava emenda. E, ao longo desse tempo, me coloquei a
estudar, a trabalhar um pouco o vício do professor, do pesquisador que fui. E
eu fui para a Internet, então, buscar informações e descobri que,
diferentemente daquilo que se passava nos meios de comunicação, nos e-mails,
não é só Porto Alegre que tem carroças; nós temos carroças praticamente em
todas as capitais do Brasil. Descobri que o Rio de Janeiro tem uma lei
regulamentando as carroças; descobri que Curitiba, uma cidade organizada, tem
uma lei que regulamenta as carroças; descobri que Foz do Iguaçu tem carroças e
também no Nordeste e no Norte do Brasil, em cidades como Belém, Maceió,
Araraquara. Descobri que, em apenas duas cidades no Brasil, proibiram as
carroças na vias pavimentadas: São Paulo e Campinas. Apenas essas duas.
Portanto, isso nega, inclusive, que Porto Alegre é a capital das carroças e que
não há mais carroças no Brasil. Mas todas elas têm, regulamentadas.
E aí, continuando o meu estudo - humildemente,
porque eu estava fora da Câmara e voltei há pouco -, eu descobri, Vereador João
Antonio Dib - veja a grande surpresa - uma matéria da BBC, que diz o seguinte:
“França adota carroças contra aquecimento global. Preocupadas com questões
ambientais relacionadas a mudanças climáticas, as prefeituras de cerca de 70
cidades francesas estão substituindo veículos motorizados por carroças puxadas
por cavalos.”
(Manifestação das galerias.)
O SR. GUILHERME BARBOSA: Eu fiquei muito surpreso. Inclusive Paris!
Portanto, o país que definiu, em várias situações da história da humanidade, o
rumo que a humanidade deveria tomar - a França, inclusive a capital, Paris -,
volta a utilizar carroça com cavalo para recolher o lixo. Está aqui. (Mostra
cópia da matéria.) É uma matéria da BBC de Londres.
Aí eu descobri que nós, os que pensam nos
carroceiros, não éramos atrasados; nós estávamos bem adiante daqueles que
querem proibir as carroças. Vejam que coisa! Eu achava que era atrasado e
descobri que estou na frente do mundo, preocupado com a questão
ambiental e com a questão econômica. São as duas questões que as prefeituras da
França estão levando adiante.
Analisando o Projeto propriamente dito - isso já
foi dito por alguns Vereadores -, a gente verifica que ele, em princípio, é bem
intencionado, Ver. Sebastião Melo, quando, no art. 2º, diz que deve ser feito
um levantamento socioambiental, socioeconômico, assim por diante, só que não
fica, Ver. Sebastião, condicionado, no art. 3º, adiante - que proíbe as
carroças depois de oito anos - que o art. 2º seja implementado. Então o futuro
Prefeito, seja o Fogaça, seja a Manuela, seja o Ônix, seja a Rosário, o
Prefeito ou Prefeita que vier, se não quiser aplicar o art. 2º, não vai ter
nenhuma sanção, mas as carroças ficarão proibidas daqui a oito anos. Este é o
grande problema do Projeto, ele não garante uma melhoria, uma situação nova
para os carroceiros, mas impõe, sim, que daqui a oito anos as carroças saiam de
nossas vias.
Por último, quero dizer que, ao longo desse
processo, eu fiquei muito chocado com o nível de e-mails que recebi, de
uma agressividade jamais vista. Hoje, todos nós recebemos um e-mail da
Srª Regina Mourÿfe, às 14h19min, em que ela diz (Lê.): “Esses putos – que são
os carroceiros – carregam a familiarada e as mulheres, amantes, em cima do
pobre animal, e fora as chicotadas. Tem que acabar com a carroça, estamos no
século XXI...”. (sic) Um e-mail que todos nós recebemos. Aqui não
se trata de ter mais coragem ou menos coragem, aqui se trata de ter a cabeça
fria, porque ter mais coragem significa, como já significou, para um Vereador
que veio aqui com os olhos deste tamanho, meio enlouquecido, que ele já
apanhou...
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Para concluir,
Vereador.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Maria
Celeste está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL n.º
043/05, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, esta tribuna, como
disse o Ver. Beto Moesch, é o lugar da verdade, é o lugar da justiça. Em se
tratando de verdades, em 16 anos da Administração Popular, muito foi construído
nesta Cidade: 13 galpões de lixo reciclado; coleta seletiva pela Cidade
regularmente e muito mais foi construído nesta Cidade. E o que fez o atual
Prefeito da Cidade? O Prefeito da Cidade, José Fogaça, no dia 11 de fevereiro
de 2006, anunciava um Projeto para retirar as carroças das ruas da cidade de
Porto Alegre. O Prefeito, que foi eleito certamente com o voto de muitos de
vocês aqui, no dia 11 de fevereiro de 2006, anunciava o grande Projeto, que até
hoje não chegou a esta Casa! No dia 16 de janeiro de 2007, preocupado com essa
questão, o Ver. Sebastião Melo, autor deste Projeto, vai então ao Prefeito e
solicita mais uma vez que o Prefeito envie a esta Casa um Projeto que dê conta
dessa problemática que precisamos todos enfrentar na cidade de Porto Alegre. O
Prefeito prometeu enviar em 10 dias para esta Casa o Projeto, que até hoje não
veio! A Comissão Especial, que aqui foi criada, chamou os órgãos da Prefeitura
para que apresentassem as propostas e os projetos, e até hoje nem na Comissão
compareceram os órgãos representantes da Prefeitura para propor, para trazer as
respostas importantes desse tipo! Crueldade?! Crueldade é o que nós estamos
querendo fazer, através deste Projeto, com a população de Porto Alegre, com os
trabalhadores e trabalhadoras. Crueldade é o que as senhoras vão fazer quando
os cinco mil cavalos que têm na cidade de Porto Alegre não tiverem lugar para
serem colocados. Essa será a crueldade!
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito
silencio à assistência, e, se insistirem, suspenderemos a Sessão.
A SRA. MARIA CELESTE: Muito
obrigada, Sr. Presidente. Falando nos maus-tratos, tem que haver um projeto, um
programa, um compromisso do Executivo para que de fato organize essa situação
na Cidade, porque senão o que vai acontecer? Cinco mil cavalos serão mortos,
irão para o abatedouro. É isso o que vai acontecer, essa será a crueldade que
irá acontecer na cidade de Porto Alegre, além dos trabalhadores e trabalhadoras
que não terão mais como sobreviver da sua atividade. Essa é a crueldade de que
nós estamos falando: acabar com as carroças na cidade de Porto Alegre irá, sim,
incentivar os carrinheiros, serão homens e mulheres que estarão e continuarão
fazendo essa atividade no Município de Porto Alegre. É dessa crueldade que
estamos falando, é disso que estamos falando quando não temos a capacidade de
pressionar o Executivo, pois quem é responsável por essa questão que traga uma
proposta, um projeto que dê conta de um programa de atendimento para esses
trabalhadores, catadores da cidade de Porto Alegre, que tão bem trabalham e recolhem
o lixo de todas as senhoras e senhores da cidade de Porto Alegre.
A Prefeitura tão preocupada, o Prefeito tão
preocupado com essa situação, tão preocupado que está não fez nenhum programa,
nenhum plano de investimento, prova está que na execução orçamentária deste
ano, prevista no Programa Porto Alegre Verde, qualificação, coleta, triagem,
destinação de resíduos sólidos, execução? Zero! Não colocou nenhum centavo
neste Programa. É balela dizer que há um projeto na Cidade sobre essa questão
que estão resolvendo agora através do Projeto Cemar.
Mais do que isso, o DMLU, que fez um programa de
execução zero na coleta seletiva do lixo, na coleta dos resíduos sólidos, gasta
em publicidade 115 mil reais! Portanto, Sr. Presidente, é disso que nós estamos
falando; este Projeto tem de ser de autoria do Executivo! Tem de haver
programa, tem de haver recurso. Obrigada, Sr. Presidente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Apregôo
Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, solicitando votação em
destaque da Emenda nº 06 ao Substitutivo nº 02 e da Emenda nº 08 ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
O Ver. Carlos Todeschini está
com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
aqueles que nos acompanham nas galerias, Vereadores e Vereadoras, nós estamos
discutindo um tema aqui que tem interface com quatro assuntos: o lixo, que
envolve a questão ambiental e a reciclagem; o trânsito; o animal e a
sobrevivência das pessoas. Eu quero dizer para aqueles que discursaram antes
aqui que, se nós discutirmos este assunto sem emoção, nós vamos conseguir
pensar, refletir e, talvez, avançar um pouco mais.
Quando fui diretor do DMAE, me voluntariei para ir
ao encontro da Dª Marli, da Vila Pinto, porque, quando o Secretário Fortunati
foi Vice-Prefeito, ele trabalhou uma idéia específica, que foi a de buscar uma
alternativa ao transporte. Todos lembram aqui a idéia do “baby”, um
carro motorizado desenvolvido, se não me falha a memória, se não estou
enganado, pela Agrale, e que faria o programa da substituição do transporte dos
resíduos. Pois bem, voluntariei-me, coloquei os engenheiros mecânicos,
inclusive, voluntariamente, fora do horário de expediente, para ajudar a
resolver essa questão, porque achava e continuo achando que nós temos que ter
uma alternativa. No entanto, o produto fornecido pela empresa não apresentou
condições de regularização, não é possível aquele veículo andar no trânsito.
Então, eu senti de perto o tamanho da dificuldade que é encontrar uma
alternativa. E isso significa que devem ser redobrados ou triplicados os
esforços por parte do Executivo para que se produza uma alternativa de
viabilidade subsidiada pelo Poder Público, organizada pelo Poder Público, com
atitude pró-ativa e que possa agregar valor, inclusive, para que a mesma
quantidade de produtos, de resíduos, possa oferecer mais renda. Essa é uma
questão importante, não é uma questão menor, e eu creio que, quanto a isso,
todos sejam a favor. Agora, o que nós não podemos admitir, por exemplo - e eu
quero aqui falar em alto e bom som -, é que a atual gestão, com a Direção de
DMLU, nós já tivemos três Secretários... Um deles fez um Projeto para
privatizar todo o lixo, em que o superfaturamento era de 240 milhões de reais,
e ele foi demitido. Inclusive, pedi uma CPI, tive 12 assinaturas, depois elas
foram declinadas, o que inviabilizou uma análise mais profunda dessa matéria. E
todos os senhores e as senhoras que acompanham a CPI do DETRAN, em que foram
desviados 40 milhões de reais, sabem o que é isso. Pois bem, a CPI era para
investigar a tentativa de desvio de seis vezes mais do que a do DETRAN e foi
abafada pelo atual Governo... E quero dizer, Ver. Beto Moesch, que V. Exª não
tem nenhuma autoridade para falar de meio ambiente, porque deu para ver o
retrocesso que significou o último período sob a sua gestão! Deu para ver a
representante do Rio de Janeiro, que esteve na PUC nesta semana, que falou
aquilo que significa o retrocesso inaugurado nos últimos quatro anos. Dá para
saber, por exemplo, que nem o Cemitério São João é cuidado, pois a maior parte
das sepulturas está depredada. Então, a esses é que está sendo atribuída a
responsabilidade de resolver um problema tão sério, tão importante, que precisa
de solução, mas precisa, sobretudo, de alternativa, de viabilidade de
sobrevivência, porque a vida está acima de tudo. A democracia exige que se
ouça, que se entenda. Esse Projeto requer a disponibilidade de, no mínimo, 40
milhões de reais. Eu vejo o Secretário Fortunati, que liderou aquele projeto do
“baby”, com toda a boa
intenção, com todo o esforço. O senhor lembra que não foi possível não por
nossas forças, nem pelas do Governo, mas porque houve outros problemas que não
foram superados. Essa é a questão que está colocada. Então, devemos, sim,
buscar alternativas, Fortunati! É uma necessidade, é uma imposição, mas não é
este jogo aqui de contar versões, depois, de ganha e perde que vai resolver o
problema da Cidade. Nós precisamos ter previsão orçamentária, ter recursos, ter
dinheiro que garantam o bem-estar animal de um lado, mas, de outro lado, que
garantam a sobrevivência e a vida dessas pessoas que estão trabalhando. Um
abraço e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL n.º 043/05.
O SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, quero cumprimentar todas as
entidades aqui presentes. Nós temos um conjunto de contradições numa cidade do
porte de Porto Alegre. Quando nós defendemos a tese do fim gradativo das
carroças, nós estamos preocupados com a situação do povo pobre da periferia,
porque é desumano catar lixo do jeito que se cata. Na verdade, quem deveria fazer
a coleta, de ponta a ponta da Cidade - e poderia ser feito, porque é feito
assim em muitas cidades -, é o Poder Público Municipal, como faz em Caxias do
Sul, conteinerizando o lixo, levando aos galpões de reciclagem, onde os
recicladores que ali trabalham recebem 900 reais por mês. Nós fomos lá, nós
vimos aquela realidade, é só querer ouvir. Nós sempre defendemos e vamos
defender os mais pobres, aqueles que têm necessidades. Eu tenho uma trajetória
de lutas...
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE
(Claudio Sebenelo): Ver. Adeli, está
parado o tempo. Por favor, mantenham-se em silêncio enquanto houver um orador
na tribuna.
O SR. ADELI SELL: Ao lado dos mais carentes, a minha trajetória
de luta é real e concreta ao lado dos movimentos populares, porque muita gente
que posa de defensor de pobres e oprimidos não lutou contra a ditadura como eu
que lutei e fui preso; muita gente que posa de defensor de pobre não esteve nos
movimentos sociais como eu estive e continuo estando, porque eu conheço muito
bem os galpões de reciclagem, tenho relação direta com vários deles, o que
explica por que sou o autor da lei que criou o Dia do Reciclador e da
Reciclagem de Lixo. Quando eu fiz esse movimento, eu já estava em contato
direto com essas pessoas. Quando eu fui Secretário Municipal da Produção,
Indústria e Comércio e queimou o galpão da Wenceslau, quem foi que deu os
meios, quem arrumou as condições para a reforma do galpão? Fui eu! E não foi
mais ninguém do que eu.
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito, por
gentileza, silêncio na platéia porque há um orador na tribuna que tem o direito
de manifestar seu pensamento.
O SR. ADELI SELL: Aqueles que
ficam xingando aqui no plenário não conhecem o que eu fiz como Secretário,
inclusive em relação aos camelôs, tanto que hoje me procuram e dão razão ao meu
trabalho, porque eu defendi exatamente quem trabalha honestamente na rua. Vão à
rua e perguntem!
Presidente, está difícil!
Nós queremos que as pessoas trabalhem com dignidade,
que as pessoas consigam ter seus filhos nos colégios, que tenham saúde
garantida, porque não é justo, não é correto, não é digno as pessoas viverem
nas condições em que vivem. Eu dizia para o Ver. Dr. Raul, que cuida muito de
vocês na periferia, que cada vez haverá mais pessoas doentes. Aqui ao lado, na
vila ao lado do “Chocolatão”, quem conhece sabe: há pessoas que nem casa, nem
colchão têm, que dormem em cima do lixo! É isso que se quer? Perpetuar a
tristeza, a pobreza, a miserabilidade? É isso que se quer? Eu quero vida digna
para todos! Eu quero acabar com a pobreza! Eu quero as crianças nas escolas,
nas creches! Por isso nós podemos fazer com que as pessoas tenham um trabalho
digno e não vivam como vivem hoje!
Eu quero inclusive falar para a minha Bancada, a
Bancada do PT, que eu tenho orgulho de ter construído... em 28 anos, sempre
votei com a minha Bancada, e peço desculpas, peço licença aos meus companheiros
de Partido, pois, pela primeira vez, votei diferentemente na Bancada. E vou
votar por um compromisso, porque isso não é princípio, essa é uma questão de
luta, e eu vou honrar o meu compromisso! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05,
por cedência de tempo do Ver. Mauro Zacher.
O SR. BETO MOESCH: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
gostaria, antes, de colocar um tema que não diz respeito às carroças, mas que
foi trazido aqui por dois Vereadores, e vou então responder. A SMAM não tinha
uma equipe de proteção à fauna silvestre; nós criamos a equipe de Manejo e
Cuidado da Fauna Silvestre, que – pasmem! - não existia em Porto Alegre.
Portanto, Ver. Sebenelo, na prática, as licenças ambientais da SMAM não
contemplavam o habitat natural dos animais silvestres; hoje isso é uma
realidade. Em convênio com o Ibama e com o Ministério do Meio Ambiente - porque
nós fazemos aqui a união dos esforços que se chama tripartite, envolvendo
União, Estados e Municípios – juntamente, portanto, com a Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, hoje Porto Alegre, através da SMAM, ao licenciar
empreendimentos, Ver. Dr. Goulart - e isso é um grande avanço -, passou a ter
uma equipe específica para cuidar da fauna silvestre. Isso não existia antes.
Estamos criando os primeiros corredores ecológicos e a criação, já para ser
trazido para a Câmara de Vereadores, e duas novas unidades de conservação para
manter o habitat natural da
impressionante quantidade de espécies nativas em Porto Alegre. Só de aves, são
mais de 200 espécies; só no Morro São Pedro, são 900 bugios, que serão agora
preservados com a criação de duas novas unidades de conservação: Morro Santana,
em convênio com o Ibama, e Morro São Pedro. Portanto, essa é a resposta ao Ver.
Comassetto.
O que fazer com os cavalos? Pior é deixá-los
circulando nas avenidas, circulando em ruas, sem condições mínimas, tanto para
os cavalos como para os condutores.
Verª Maria Celeste - V. Exª sabe que eu lhe
respeito muito e V. Exª tem um trabalho reconhecido, coerente, em defesa das
crianças e dos adolescentes -, apenas dialogando com Vossa Excelência, que
respeito muito, nós não podemos continuar assistindo as crianças, vendo animais
maltratados e condutores de carroças sem condições mínimas de trabalho. Isso é
deseducação para uma Cidade! Vossa Excelência sabe, e eu sei que V. Exª
concorda: o problema é a informalidade. Nós precisamos formalizar a coleta
seletiva, que é de 1990, que foi assinada por Olívio Dutra - um trabalho desta
Casa, da Câmara de Vereadores -, mas que proíbe a coleta e o transporte de
resíduos que não sejam feitos pelo DMLU. Isso está na Lei. O Código Municipal
de Saúde, que eu defendo e que é também da época do seu Governo, Verª Maria
Celeste, proíbe que animais sejam cuidados, sejam mantidos em residências. Está
proibido no Código Municipal de Saúde por uma questão, Ver. Dr. Goulart, de
saúde Pública e de respeito aos vizinhos. E concluo, Ver. Guilherme Barbosa,
que tem sido coerente aqui nos pronunciamentos: Paris permite as carroças na
Zona Rural e para o turismo. E isso nós permitimos. Com relação ao lixo, é
apenas um projeto-piloto. Lá não são cinco mil carroças; são duas ou três, em
experiência.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº
043/05, por cedência do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Desiste.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir o Substitutivo nº 02 do PLL n.º 043/05. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o Substitutivo nº 02 do PLL n.º 043/05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos
assiste, ouvi atentamente as diversas falas e, primeiramente, quero levantar
alguns encaminhamentos que foram feitos em relação aos galpões. Primeiro, quero
ressaltar que os 14 galpões existentes foram regularizados, estavam de forma
irregular. Quero também dizer que dois galpões foram construídos na Rua Ramiro
Barcelos, até porque um deles estava embaixo do túnel. Então, nós temos que
informar, senão parece que o Prefeito Fogaça não fez nada; nós temos o dever e
a obrigação de fazer esse relato.
Segundo, hoje, cada galpão recebe um repasse mensal
de R$ 2.500,00 para atuações dentro do galpão. Também foi colocada a questão do
equipamento de proteção individual dentro desses galpões; antes não se tinha a
preocupação com quem trabalhava no galpão. Hoje foi colocada a questão de
máscaras, capacetes que eles não usavam. Acho importante vocês colocarem isso.
(Tumulto nas galerias.)
Fazendo essas considerações iniciais, quero também
dizer, e todos nós sabemos, que essa é uma matéria de natureza complexa. Uma
das grandes expectativas que a população de Porto Alegre cobrava era o fim dos
camelôs na Cidade. Há mais de 40 anos essa discussão era feita na Cidade, e
isso só foi possível porque houve um grande acordo, uma grande negociação
envolvendo todas as partes. Quais eram as partes? A sociedade civil organizada,
o Poder Público e a vontade dos próprios camelôs. Isso foi o que permitiu...
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Hoje os
camelôs concordam, de forma unânime, e não é por acaso que os camelôs, no
último Orçamento Participativo, de forma maciça, lá estiveram. Quero também
dizer que o Prefeito está preocupado com esta ação e, ao mesmo tempo, quero
dizer que isso é possível, sim, à medida que se criarem formas alternativas de
geração de renda para a sobrevivência dos condutores. Agora, é um clamor, e
esse clamor tem que ser votado, discutido. Ao mesmo tempo há o outro lado que
nós temos que cuidar, porque não podemos deixar os carroceiros no abandono, e a
responsabilidade não é somente do Prefeito; também é do Prefeito, mas da
sociedade civil como um todo. É isso o que nós temos que construir nesta Casa.
A Emenda que nós apresentamos é que esse Projeto, ao ser aprovado, tem que ter
a efetiva existência de forma de alternativa de renda e sobrevivência econômica
dos condutores, porque, sem isso, não será possível, gente, sem isso não será
possível.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sem isso não
será possível! Queremos dizer que não se pode dar...
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Quero dizer
que, quando ouvimos as demandas sobre dar 60 dias para a apresentação de um
projeto, estão brincando com o Poder Público... O Prefeito José Fogaça quer
construir, sim, quer os recursos financeiros que o Banco Nacional de
Desenvolvimento não repassou, mas quer também construir com os carroceiros e a
sociedade a melhor forma possível. Quando se fala em oito anos, parece que
estão muito longe e parece que é hoje, mas, na realidade, o que queremos é que
saiamos daqui com uma posição. E essa posição hoje nós vamos votar, seja a
favor ou contra. E este Vereador é a favor do Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o Substitutivo n° 02 do PLL n.º
043/05, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, precisei voltar à tribuna, porque quero deixar
claro aqui que, quando assinei a proposta de Substitutivo, organizada pelo Ver.
Braz e pelo Ver. Dib - que, na verdade, retoma a Lei de 1992, Lei que foi
considerada inconstitucional - no ano de 2006, quando esse debate veio para a
Casa, na forma da proibição em oito anos, pura e simplesmente, e assinei junto
querendo mostrar que era preciso discutir muito mais aspectos do que a mera
retirada das carroças. De fato, hoje, seria mais digno, por parte Vereadores
que vêm aqui me acusar, assumirem que esse Substitutivo responde aos seus
anseios.
A nossa Bancada tem a opinião sobre o Substitutivo
nº 02, exatamente a mesma que estamos expressando aqui. Ele está, nas palavras
do Ver. Dr. Raul, colocado de cabeça para baixo, porque um programa desses
necessita ter a origem no Executivo, necessita de uma construção de programa,
projeto, prioridade orçamentária de fato dialogada com quem hoje sobrevive
dessa atividade. E não foi o que aconteceu.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Por
gentileza, eu solicito silêncio! Há uma Vereadora na tribuna, ela tem o direito
de expor o seu pensamento! Está assegurado o seu tempo, Vereadora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: O nosso esforço de apresentar uma
alternativa era para que o Governo Municipal se desse conta da grande omissão
que tem, e eu digo, Ver. Beto Moesch, nos últimos quatro anos. Porque o Governo
da Administração Popular pode ter feito pouco, mas fez 17 galpões de
reciclagem. Transformou os antigos lixões em que as pessoas se machucavam e as
crianças se contaminavam - separavam os lixos nos grandes lixões - em aterros
sanitários dignos. A Administração Popular institui a coleta seletiva. E, nos
últimos quatro anos, há Governo, sim. Eu não posso mais ouvir discurso aqui que
fala dos outros 16 anos e não assumem o seu Governo.
E, no último Governo, a
coleta seletiva está sendo feita com caminhão compactador, quebrando vidros e
machucando a maioria de mulheres que selecionam o lixo dentro dos galpões, e
nós denunciamos aqui muitas vezes. Neste Governo Fogaça, Ver. Beto Moesch, a
educação ambiental foi abandonada, porque o DMLU não faz nenhuma educação
ambiental na periferia da Cidade. E as outras Secretarias que faziam, também
não fazem mais.
Neste Governo, as pessoas não
sabem quando passa o caminhão da coleta seletiva, oportunizou uma desordem tão
grande, que não é o problema das carroças, é que há caminhõezinhos, camionetes,
kombis que recolhem lixo. Nós temos hoje um recolhimento informal clandestino,
em uma Cidade que era modelo na coleta seletiva na cidade de Porto Alegre.
Portanto, não há confiança da população, e qualquer Emenda feita que resulte em
compromisso do Governo em dialogar dignamente com os trabalhadores da
reciclagem, Ver. Sebastião Melo. Não há confiança, porque não houve diálogo,
não houve nenhuma ação real.
E eu quero dizer que essa
política nós estamos vendo ser praticada com os camelôs, essa política de
repreensão nós estamos vendo ser praticada com os jovens que distribuem aquelas
propagandas no Centro, que são reprimidos e presos, ou seja, há uma política de
higienização, uma política não-humana deste Governo, que acha que pobre não
pode trabalhar porque fica feio no Centro da Cidade. E, no entanto, não tem
política, projeto, programa para oferecer alternativas à população carente.
Portanto, nós achamos que
esse é um problema sério do Executivo, há uma omissão muito grande do
Executivo, por isso, achamos que não devíamos e não devemos votar. Devemos
parar tudo e constituir uma Comissão com o Executivo, trabalhadores e
Legislativo para construirmos um programa, ritmo, calendário e regra. Essa é a
nossa proposta!
Encerro dizendo que as crianças, os alunos da
Escola Alvarenga Peixoto, Escola Estadual das Ilhas, consideram seus pais e
suas mães, que garantem o sustento de suas famílias pelas carroças, como
verdadeiros heróis, e se pudessem vir aqui, diriam isso e defenderiam o
sustento de sua família. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº
043/05.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero dizer que não
vejo com bons olhos o Projeto, porque não tem estrutura nenhuma. Se prometessem
uma estrutura que desse emprego rapidamente para esses irmãos, que mais
necessitam, eu votaria a favor. Eu votarei contra o Projeto.
Estou ao lado dos cidadãos que mais precisam. Eu
vim aqui para votar, mas não votar contra esses irmãos, porque sei o trabalho
que eles passam.
Tenho certeza absoluta de que V. Exª, Ver. Melo,
que trouxe esse Projeto para cá, se tivesse realizado também uma estrutura,
seria bom demais.
Digo a todos os senhores, em alto e bom som, que
estarei ao lado dos cavalos e dos carroceiros. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o Substitutivo nº 02 do PLL nº
043/05, por cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, ao longo do tempo,
tenho exercido a vereança com seriedade, responsabilidade e coerência, e disso
não vou me afastar. Eu nunca pergunto para ninguém como é que devo votar. A
minha consciência e a minha experiência me respondem sempre. Portanto, quando
disse que o legislador tinha de ter seriedade, responsabilidade e dignidade, eu
não estava me referindo a ninguém, mas a todos.
Na quinta-feira, eu disse que poderíamos, se fosse
assim o desejo da Câmara, iniciar a discussão, que levaria muito tempo
discutindo. Não, nós não queríamos discutir: nós queríamos desmoralizar a Casa
do povo de Porto Alegre; por falta de quórum, nós saímos do Plenário. Não fui
eu que saí.
Hoje, os mesmos que não quiseram dar quorum,
queriam baixar em diligência. Eu tive que dizer que o Regimento Interno, no
art. 51, não admite essa diligência. A emenda foi feita no sentido de
dificultar. Quer dizer, responsabilidade se assume e se transfere; se vota e se
diz sim ou não; e não se faz a série de Emendas que estão feitas aí apenas para
que o processo tenha dificuldade. E se pede destaque de todas elas, porque,
destacadas, nós vamos levar uma semana discutindo. Esqueceram os Vereadores -
alguns - que nós somos os representantes do povo, a síntese democrática de
todos os cidadãos, que nós não estamos aqui para discutir só um problema. A
Cidade tem muitos problemas que precisam ser discutidos, e nós ficamos aqui
porque há uma platéia, fazendo discursos, discursos e mais discursos, emendas e
mais emendas.
Eu não disse em momento nenhum que eu não tinha
assinado o Substitutivo com o Ver. Braz e com a Verª Sofia Cavedon. Eu só
queria que ela respeitasse o que ela fez. Eu não tinha nada contra, ela assinou
junto comigo. Então, eu não neguei a minha assinatura. Eu quero solução para o
problema. E a solução está, sem dúvida nenhuma, não naquilo que disse o
Prefeito Raul Pont, lá em Paris: que a carroça resolveu o problema da coleta
seletiva do lixo em Porto Alegre. Eles colocaram as carroças, porque tinham 300
carroças quando eu deixei a Prefeitura, e não podiam circular na 1ª Perimetral,
mas, quando eles assumiram a Prefeitura, estimularam o uso da carroça, levaram
para o mundo a idéia da carroça. Mas o mundo não aceitou. É um equivoco, aqui,
quando querem dizer que em Paris estão usando a carroça. É uma experiência, e
experiência sempre vale. Mas eu acho que não querem solução. Eu acho que não
querem votar, não querem assumir a responsabilidade do erro que cometeram no
passado. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação o
Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a
palavra para encaminhar a votação do Substitutivo n° 02 do PLL nº 043/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu queria... Sr. Presidente,
Sr. Presidente...
(Tumulto nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito
silêncio. Por gentileza, solicito silêncio da assistência! Solicito silêncio da
assistência! Segurança, por gentileza! Solicito silêncio da assistência! Por
gentileza, pode falar Vereador.
Portanto, queria
agradecer a atenção dos senhores. Muito obrigado, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do Substitutivo
nº 02 do PLL nº 043/05.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores.
...
(Manifestação das galerias.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, eu estou esperando uma parte, educadamente, deste plenário, para me
ouvir.
Sr. Presidente, aqui, hoje, está-se dando mais um
momento: a quebra de braço por uma velha ordem jurídica. A cidade dos
desiguais, e, em especial, na concepção jurídica, com um modelo que trata e vê
o cidadão como mercadoria, que dificulta a grande parcela da sociedade, da
população, e obstaculariza o seu acesso, com dignidade, a todos os setores da
sociedade. Quem não quer ver a cidade por inteiro quer ver o caos e apenas o
seu lado, a sua própria ótica e concepção. E é assim, senhoras e senhores, que
caminha a desumanidade e é por isso que privilegiam apenas o seu ego, o seu olhar,
a sua ótica e a sua relação de cidadania. Interesses ligados a uma sociedade
individualista, que criminaliza o movimento social, onde o problema está na
política dos donos de setores poderosos desta Cidade, que controlam a política
com a mídia e com os vários outros setores, que nós conhecemos muito bem. Por
isso, meus camaradas, se nós sairmos desta guerra da forma que não queremos, a
nossa luta não termina aqui....
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Vereadora, com
licença. Há uma Vereadora na tribuna que tem que ser respeitada. Solicito
silêncio da platéia.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Por isso,
senhoras e senhores, terminando a minha fala; nós sairemos daqui com a cabeça
erguida, com a luta renhida, porque qualquer lei, em qualquer parte do mundo, só
foi modificada com a participação dos movimentos sociais, seja na França, seja
lá nos ianques dos Estados Unidos!
(Manifestações nas galerias.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Quero dizer
para as senhoras e para os senhores que estou no meu terceiro mandato, e eu
entrei aqui com um olhar e jamais perdi o norte, o sul, o leste deste olhar, e
é por isto que voto contrariamente a este Projeto, porque não corresponde aos
anseios do povo de Porto Alegre que me colocou nesta Casa e de onde eu tenho
origem. Viva a luta dos trabalhadores! Viva a luta dos que lutam pela
dignidade. Lamento, lamento a utilização dos pobres animais e das pobres
crianças, hoje, aqui, mas nós continuamos com a alma digna, com a soberania
nacional e com a luta de todos os povos pela dignidade humana. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Substitutivo n° 02 do PLL
nº 043/05.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Claudio
Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, a
grande preocupação de todos nós, Vereadores, não deve ser exatamente qual o
Projeto a ser aprovado, mas deve ser a preocupação do que vai acontecer depois
do Projeto aprovado. Eu tenho preocupações com relação ao Projeto do meu amigo,
Ver. Sebastião Melo, e já discuti com ele, várias vezes, a respeito, por
exemplo, sobre o destino dos cavalos. É alguma coisa que preocupa? Claro que
sim! Se nós não conseguirmos os galpões de reciclagem a tal ponto que possam
realmente acolher todas as pessoas que estão hoje trabalhando na coleta, como é
que ficam essas pessoas? Eu fico pensando: será que oito anos serão realmente
aquele prazo mágico para se fazer todos os galpões necessários para que possa
haver essa transposição de um trabalho para o outro? Eu não sei. Eu acho
extremamente perigoso colocar um prazo, porque, não cumprindo esse prazo,
teremos que, novamente, emendar a lei, e não sabemos por quanto tempo. Nós
estamos fazendo, Verª Maria Luiza, alguma coisa que nós acreditamos ser
absolutamente viável. Nós estamos retirando do Centro da Cidade as carroças e
os cavalos, para deixar de competir carroças com carros na região mais central
da Cidade. Nós estamos preocupados, sim, com aquilo que vai acontecer com o
carroceiro, com o catador. Claro que sim.
Então, o que é que nós
estamos fazendo? Colocamos uma Emenda ao art. 1º que diz, Verª Sofia Cavedon,
que somente depois de implementadas as condições necessárias para que a coleta
possa continuar fora daquela região, onde é vedada a carroça, só depois é que
nós vamos ter a possibilidade de ter o tráfego, na região central,
completamente ...
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Há um Vereador
na tribuna. Nós queremos silêncio, porque há um Vereador na tribuna e ele tem o
direito de manifestar o seu pensamento.
O SR. LUIZ BRAZ: Eu compreendo a manifestação dos
senhores, tanto de um lado como de outro. Cada um está defendendo o seu ponto
de vista, e acho que isso é absolutamente lógico. Mas eu tenho que manifestar
aqui aquilo que penso, Ver. João Antonio Dib, em relação aos Projetos. Acho que
o Substitutivo nº 2 ao Projeto é mais coerente, ele está mais destinado para
resolver os problemas juntamente com todas as Emendas. Assim é a solicitação
que nós fazemos nesta tentativa de organizarmos melhor o tráfego nas regiões
centrais da Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Luiz Braz.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
encaminhar a votação do Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Sebenelo,
Presidente; colegas Vereadores e Vereadoras; demais pessoas que nos acompanham,
na verdade, o que estamos vivendo aqui na Câmara nós já vivemos em muitos
outros momentos, e é um reflexo da nossa sociedade, uma sociedade de classe - é
só a gente olhar os rostos do lado esquerdo e os rostos do lado direito - e,
portanto, uma sociedade dividida, uma sociedade de classe.
Este tema, esta forma de a sociedade se organizar
repercute aqui na Câmara de Vereadores, e isso, portanto, de certa forma,
dignifica a Câmara e mostra a sua importância. Ruim é quando nós, representando
algum grupo, alguma parcela, vamos ao limite da defesa desse grupo e não
olhamos o conjunto da população - esse é que é o problema. Nas centenas de e-mails
que nós recebemos dos protetores de animais, as pessoas, quase sempre, além
de serem muito agressivas - como eu já li aquele e-mail da D. Regina,
que está, inclusive, aqui no nosso plenário, mas não tive a satisfação, entre
aspas, de conhecê-la, pela elegância que tem - falavam, quase todos, no cavalo,
Verª Neuza Canabarro, o que é importantíssimo; inclusive a defesa dos animais é
uma luta bonita, mas essas pessoas não se lembravam daqueles que estavam
dirigindo os cavalos nas carroças: que tipo de atividade estavam tendo? E mais,
alguns diziam: oito anos é demais, tem que ser logo em seguida. Alguém já
perguntou: “E os cavalos, vão fazer o que com eles?” Aí um coro já disse:
“Liberdade aos cavalos”. Mas é de uma ingenuidade tremenda, e eu até me admiro:
como é que alguém que defende o cavalo vai querer, no outro dia, liberdade ao
cavalo? Isso significa fome, significa morte no Centro Administrativo da
Prefeitura, na Lomba do Pinheiro. Alguém que defende os cavalos não pode falar
nesse tipo de liberdade aos cavalos, pois isso significaria fome, morte aos
cavalos. Inclusive aqueles que defendem os animais têm que compreender que
precisaria haver um prazo. Nós achamos, pela pesquisa que fizemos e que mostrei
aqui, que a única capital que proibia as carroças era São Paulo, de um governo
conservador, reacionário...
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Eu quero
assegurar a sua palavra...
O SR. GUILHERME BARBOSA: Eu não me
importo.
O SR. PRESIDENTE (Claudio sebenelo): Eu quero
pedir silêncio. Vamos encerrar a Sessão daqui a pouco se vocês continuarem
desse jeito. Toda a hora, nós estamos pedindo silêncio. Vamos respeitar o
orador na tribuna!
O SR. GUILHERME BARBOSA: Eu quero dizer
que não me importo! Eu acho que isso faz parte da democracia, mas não a falta
de educação de 80% dos e-mails que recebi! Eu quero fazer um estudo
sociológico sobre isso! A maioria das pessoas que defendem os animais é
mal-educada! Mas eu não me importo. Nós achamos assim como a maioria das
capitais brasileiras e das cidades brasileiras que regulamentou a tarefa e a
circulação das carroças, mas não pode haver menor de idade - é verdade -, e os
animais têm que estar bem-tratados - é verdade! E tudo isso pode ser feito com
a fiscalização da Prefeitura, que não faz! Que não faz! Agora, são mais de 30
mil pessoas que vivem desse trabalho! O jornal Zero Hora de hoje mostrou
quantas pessoas trabalham nisso e quanto tiram de remuneração nesse trabalho! O
Projeto do Ver. Luiz Braz é melhor do que o Projeto do Ver. Sebastião Melo,
que, daqui a oito anos, vai proibir completamente as carroças. Mas,
infelizmente, o Projeto do Ver. Luiz Braz diz, no art. 1º, que uma parte da
Cidade não ia permitir as carroças. Na nossa vida democrática, aprendemos a
respeitar todas as opiniões; defendemos a nossa opinião, mas respeitamos as
outras. Votaremos contra os dois Substitutivos. Nós, do PT - no limite, porque
isso aqui é uma questão de classe -, vamos ficar sempre a favor da parcela mais
desassistida da população. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação
nominal o Substitutivo nº 02 do PLL nº 043/05, por solicitação desta
Presidência, com ressalva das Emendas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO
por 31 votos NÃO e 03 votos SIM.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, o Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05, com ressalva das Emendas.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 22 votos SIM e
12 votos NÃO.
O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a interrupção da Sessão por dois minutos, por causa da
questão das Emendas.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h44min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 17h45min): Estão
reabertos os trabalhos.
Em votação nominal, por solicitação do Ver.
Sebastião Melo, a Emenda nº 01, ao Substitutivo nº 03 ao PLL nº 043/05.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação.
(Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM e 07 ABSTENÇÕES.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Margarete Moraes esta com a palavra.
A SRA. MARGARETE MORAES (Requerimento): Obrigada, Sr.
Presidente, Ver. Sebenelo; eu quero fazer uma solicitação para que sejam lidas
as Emendas. Embora tivessem sido distribuídas, houve algum atordoamento, então,
solicito que o senhor pudesse ler as demais Emendas; esta já está aprovada.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Elas serão
lidas à medida que forem votadas.
A SRA. MARGARETE MORAES: Não estou
questionando essa que já foi votada.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Emenda nº
02 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05, de autoria do Ver. Professor Garcia
e do Ver. Dr. Goulart, foi retirada.
Emenda de Liderança nº 03 ao Substitutivo nº 03 do
PLL nº 043/05, de autoria do Ver. Beto Moesch e do Ver. João Antonio Dib (Lê.):
“Fica alterado o art. 3º, caput, passando a ter a seguinte redação:
’Fica estabelecido o prazo de seis anos para que seja proibida, em definitivo,
a circulação de VTA’s no trânsito do Município de Porto Alegre’”.
O SR. BETO MOESCH: Só quero
explicar, Ver. Sebenelo, que nós não conseguimos retirar a Emenda, mas, em
virtude dos avanços, nós somos contrários a esta Emenda e vamos votar contra.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Um dos
autores da Emenda, Ver. Beto Moesch, não podendo mais retirar esta Emenda,
solicita que se vote contra unanimemente.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por 24 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada por esta
presidência, a Emenda nº 04 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05, de autoria
do Ver. Beto Moesch e do Ver. João Antonio Dib (Lê.): “Art. 1º - Altera a
redação da alínea “b” do inciso II do §1º e acrescenta inciso IV ao §2º, ambos
do art. 3º [do Substitutivo nº 3] do PLL nº 043/05, passando a ter a seguinte
redação:
(...) b) as rotas e baias sejam autorizadas pelo
Executivo Municipal, desde que exclusivamente em zona rural. (...) IV –
condução de veículos de tração animal em zona urbana, exceto o que já está
previsto no inciso I e na alínea “a” do inciso II do § 1º desse artigo”. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADA por 17 votos SIM, 08 votos NÃO
e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, uma declaração de voto da nossa Bancada: votamos contra, porque a
Emenda nº 04 está errada, não existe legalmente zona rural em Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Na Emenda nº
07 está corrigido.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 05, destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05,
de autoria do Ver. Beto Moesch e Ver. Dr. Goulart. (Lê.): “Acrescenta-se o
artigo, onde couber, ao Substitutivo nº 03, com a seguinte redação: Conforme
parágrafo 1º do art. 25, art. 32 e parágrafo 3º do art. 70, todos da Lei
9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), combinado com o art. 11 do Código Municipal
de Limpeza Urbana; as autoridades competentes municipais responderão
solidariamente, se não tomarem as medidas legais e administrativas cabíveis, ao
tomar conhecimento do descumprimento do disposto nesta Lei.” (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 13 votos SIM, 12 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Emenda nº 07, destacada, de
autoria da Verª Margarete Moraes, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05 que dá
nova redação ao art. 3º, conforme segue (Lê.): “Art. 3º: Fica estabelecido o
prazo de 8 (oito) anos para que seja proibida, em definitivo, a circulação de
VTAs no trânsito do Município de Porto Alegre.
§ 1º: Fica permitida a
autorização de VTAs:
I - em locais privados;
II - na área rururbana,
incluindo-se os núcleos urbanos intensivos;
III - na região periférica,
excluindo-se as regiões definidas no § 2º deste artigo;
IV - em locais públicos para
fins de passeios turísticos;
V – em rotas e baias que
sejam autorizadas pelo Executivo Municipal.”
Em votação a Emenda nº 07,
destacada, de autoria da Verª Margarete Moraes, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº
043/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 07, destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e
senhoras, esta Emenda que apresentamos tem por objetivo realizar alguns
consertos no Projeto que foi aprovado, do qual a nossa Bancada votou
contrariamente, mas que é extremamente importante. E eu gostaria de transmitir
aqui a nossa opinião. Em Porto Alegre, o nosso Plano Diretor define o
zoneamento como Área Urbana Intensiva e Área Urbana Rururbana, que é a Cidade
antigamente chamada de Cidade Urbana Extensiva. O que nós estamos propondo? Que
essa atividade, da tração animal, até a conclusão deste Projeto, seja permitida
na zona rururbana, incluindo os seus núcleos de habitação intensiva. Quais são
os núcleos de habitação intensiva que existem? Do Lami, de Belém Novo, da
Restinga e de Belém Velho. Então, que nessa região rururbana a atividade de
tração animal seja mantida, porque existe um conjunto de atividades lá
desenvolvidas que tem uma característica rural de atividade da produção
primária e que inclui esses núcleos urbanos. Porque o trabalho de reciclagem é
feito com a tração animal, assim como as outras atividades relacionadas à
agricultura, relacionadas ao turismo, relacionadas ao esporte - existe lá na
região inclusive o “Pradinho” e outras atividades. Então, A nossa proposta, Sr.
Presidente, é que essa Emenda venha para amenizar o grande impacto negativo do
Projeto num primeiro momento, e que a parte da Cidade que utiliza a atividade
de tração animal possa continuar exercendo. E é justamente na zona rururbana da
cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n° 07, destacada,
ao Substitutivo n° 03 do PLL n° 043/05.
O SR. BETO MOESCH: Ver. Sebenelo,
embora eu e o Ver. Dib sejamos favoráveis à zona rural, infelizmente ela não
existe mais em Porto Alegre, mas há aqui uma correção técnica colocando
rururbana no lugar de zona rural, portanto somos favoráveis a esta Emenda.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Beto Moesch.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 07, destacada, ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 27 votos SIM.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 08, destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05
(Lê.): “Art.1°. Acrescenta artigo, onde couber, com a seguinte redação: ‘A
aplicação desta Lei dar-se-á a partir da efetiva existência de formas
alternativas de renda e sobrevivência econômica dos condutores de VTAs’.”
(Pausa.)
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda n° 08, destacada, ao Substitutivo n° 03 do PLL
n° 043/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srs.
Vereadores, primeiro...
(Tumulto nas galerias.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, de forma rápida, quero pedir ao Ver. Professor Garcia - esta Casa
tem um respeito por ele, pela sua história como Líder do Governo, o seguinte:
se nós aprovarmos esta Emenda, toda essa concepção de dar um prazo para o
Executivo enfrentar esta questão fica prejudicada. Porque, se nós aprovarmos
esta Emenda, significa que esta Lei nunca poderá entrar em vigor. Porque está
dizendo que a lei só entrará em vigor se forem constituídas...
(Tumulto nas galerias.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Não, não é
isso, eu respeito a posição do Ver. Professor Garcia, sei que foi para
contribuir, mas, se for aprovada esta Emenda, é melhor vetar o Projeto.
(Tumulto nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Existe um
Vereador na tribuna e nós pedimos silêncio! Estamos pedindo silêncio! Enquanto
vocês estiverem gritando, eu vou gritar junto: silêncio! Nós queremos silêncio
na Casa! Enquanto houver um Vereador na tribuna eu peço respeito a este
Vereador, ele tem o direito de falar! E está assegurado o direito de Vossa
Excelência.
Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão.
(Suspendem-se os trabalhos às 18h12min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio
Sebenelo – às 18h13min):
Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, eu agradeço, pois acho que já consegui explicar o que desejava.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 08,
destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero, em primeiro
lugar, parabenizar o Professor Garcia pelo conteúdo da Emenda. Em segundo
lugar, quero dizer que caiu a máscara do Ver. Sebastião Melo e do seu Projeto.
Caiu a máscara! Eu achava que o Vereador vinha aqui para defender a Emenda do
Ver. Garcia porque a Emenda diz, única e exclusivamente, que a proibição das
carroças se dará no momento e exclusivamente se todos os carroceiros tiverem
outra fonte de renda. É esse o mérito da Emenda do Ver. Garcia. E era a nossa
preocupação desde o início. Encaminhando o Projeto, eu disse, aqui, que a
redação, como estava, só garantia que as carroças, Ver. Brasinha, seriam
retiradas depois de oito anos. Pensou bem o Professor Garcia e,
bem-intencionado, como já o conhecemos há muito tempo, garantiu que as carroças
só deverão sair através de uma política, quando o Executivo Municipal garantir
que as pessoas tenham outra remuneração. E, aí, vem o bem-intencionado, e agora
posso dizer isso, Ver. Sebastião Melo, e fala contra a Emenda do Professor
Garcia! Caiu a máscara! Caiu a máscara! O Sr. Sebastião Melo quer, única e exclusivamente,
tirar as carroças das ruas de Porto Alegre! Ele não está preocupado em dar
renda para as pessoas! Ele está preocupado em não atrapalhar o trânsito, como
se as carroças fossem o problema do trânsito de Porto Alegre! Ele está
preocupado com os cavalos que terão liberdade para morrer de fome nas ruas!
Ver. Sebastião Melo, o senhor
me decepcionou, o senhor deixou a máscara cair, o senhor só é contra os pobres
que vivem da reciclagem do lixo! É uma vergonha! Afinal, se comprovou o que nós
íamos dizendo desde o início: a redação, como estava, era apenas preocupada com
a burguesia e era contra os pobres! Com a burguesia, que maltrata os cães e os
gatos, neurotizando os cachorros em suas casas! A burguesia, que não gosta de
pobre! E o senhor, aqui, demonstrou isso. O senhor estava sendo um bom
Presidente, mas, agora, infelizmente, nem isso eu posso dizer mais. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n° 08, destacada,
ao Substitutivo nº 03 do PLL n° 043/05.
O SR. BETO MOESCH: Ver. Claudio
Sebenelo, foi muito bom, foi muito bom vir aqui ouvir o Guilherme Barbosa
elogiar o Governo Fogaça. Está elogiando uma Emenda do Governo Fogaça, vejam! Mas,
mesmo assim, meu querido Garcia, o nosso Governo também se equivoca. Nós
votaremos contra esta Emenda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n° 08,
destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL n° 043/05.
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 08, destacada, ao
Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05. (Pausa.) Houve empate, então, este
Presidente vota “Não”. REJEITADA por 13 votos SIM e 14 votos NÃO.
O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente,
regimentalmente, como há diferença de um voto, eu peço renovação de votação.
(Tumulto no plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 18h23min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 18h33min): Estão
reabertos os trabalhos. Conforme informação da Procuradora-Chefe, pode-se pedir
nova votação, porém inclui apenas a Emenda, não o Projeto.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 09 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05 de autoria
dos Vereadores Beto Moesch e Haroldo de Souza (Lê.): “Art. 1º - Acrescente-se,
a todos os dispositivos do Substitutivo nº 03, inclusive Ementa, após a
expressão Veículos de Tração Animal (VTAs) a expressão Veículos de Tração Humana
(VTHs) destinados ao transporte de cargas e materiais recicláveis (carrinhos).”
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 16 votos SIM e
09 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 10, destacada, ao Substitutivo nº 03, de autoria da
Verª Margarete Moraes (Lê.): “Acrescenta artigo, onde couber, conforme a
redação que segue, renumerando-se os demais: Art. - O Executivo Municipal
deverá apresentar, no prazo de 60 (sessenta) dias, em audiência pública: I - um
Programa Municipal de Reciclagem de Resíduos Sólidos e Orgânicos, que contemple
os catadores de resíduos e os galpões de reciclagem; II - Plano de
Investimentos na área de geração e renda e de qualificação profissional para os
catadores de resíduos sólidos e orgânicos.
Parágrafo 1º - O programa Municipal de Reciclagem
de Resíduos Sólidos e Orgânicos e o Plano de Investimentos deverão ser
elaborados com planejamento participativo, incluindo todos os segmentos
envolvidos.
Parágrafo 2º - O início da fruição do prazo previsto
nesta lei fica condicionado à aplicação do Programa e do Plano previstos no
Inciso I e II, bem como no parágrafo anterior. Com assinatura da Verª Margarete
Moraes.”
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 10 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; ainda estou muito espantada com aquela turma
do “não” que se entusiasmou com a aprovação deste Projeto que, na verdade, quer
higienizar a Cidade. São aquelas pessoas que não gostam de ver os pobres na
Cidade, não gostam de ver os pobres trabalhando, não suportam as outras
pessoas!
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): (Dirigindo-se às galerias.) Por favor! Você está dentro de uma Câmara que tem
que ser respeitada pelos seus elementos. Você não pode fazer isso! Vereadora, o
seu tempo está assegurado, e, enquanto não houver respeito pelo Vereador que
está na tribuna, que tem o direito de manifestar o seu pensamento, nós vamos
suspender a Sessão.
A SRA. MARGARETE MORAES: Algumas
pessoas se colocaram contra a Emenda do Ver. Professor Garcia, que oferecia
garantia e alternativas de vida para essas pessoas que não vão mais poder
trabalhar com suas carroças. Nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, com
a cabeça erguida, com muito orgulho dos 16 anos da nossa gestão, olhando nos
olhos de todos vocês, queremos dizer que iniciamos alternativas de vida para
essas pessoas quando criamos 13 galpões de reciclagem nesta Cidade. Foram
poucos; a Cidade precisa de muito mais, e precisamos aperfeiçoá-los. Nós
oferecemos alternativas de vida digna e decente para os catadores de lixo. Nós
estamos oferecendo esta Emenda, que diz que no prazo de 60 dias - e o Prefeito
vai ter que sair do muro, vai ter que assumir a sua responsabilidade de
Prefeito desta Cidade -, em audiência pública com todos os interessados, ele
ofereça um Programa Municipal de Reciclagem de Resíduos Sólidos e Orgânicos que
contemple os catadores de resíduos e os galpões de reciclagem. Nós exigimos um
programa que garanta essa possibilidade! Depois, como número dois, um Plano de
Investimento, que significa orçamento, significa dinheiro no Orçamento da
Prefeitura para a área de geração e renda e de qualificação profissional para
os catadores de resíduos sólidos e orgânicos. Queremos orçamento, dinheiro,
cursos, indenização, como acontece em todas as situações semelhantes! No
Parágrafo 1º, nós dizemos (Lê.): ”O Programa Municipal de Reciclagem de
Resíduos Sólidos e Orgânicos e o Plano de Investimentos deverão ser elaborados
com planejamento participativo, incluindo todos os segmentos envolvidos”.
Dialogar não significa falar e ouvir; significa falar, ouvir a outra pessoa,
ouvir as demandas e estabelecer uma síntese que seja favorável a quem vai
perder a sua chance, a sua possibilidade de vida. E no Parágrafo 2º (Lê.): “O
início da fruição do prazo previsto nessa lei fica condicionado” – não haverá
lei – “à aplicação do Programa e do Plano previstos no Inciso I e II, bem como
no parágrafo anterior”. Esta é a posição da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, querendo contribuir com a vida da Cidade, querendo contribuir
com todos os setores da Cidade, sobretudo com aqueles que mais precisam, com as
pessoas que mais precisam, tentando minimizar os danos que serão causados por
este Projeto que foi aprovado e a desordem que ele vai criar, a partir de
então, na cidade de Porto Alegre. Nós estamos oferecendo à Bancada da situação
essa possibilidade de consertar esse mal que já foi feito. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Verª
Margarete.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 10 ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; nós consideramos importante encaminhar tanto
pela Bancada quanto pela autoria, porque esta Emenda, assim como a Emenda do
Ver. Professor Garcia, elas são muito semelhantes, dão seriedade a este Projeto
votado hoje à tarde. Se não for aprovada, nós podemos dizer que ele é
demagógico, ele é higienista, ele não é sério, não é conseqüente. Por quê?
Porque nós, assim como o Ver. Professor Garcia, estamos dizendo que os prazos
dessa lei valem à medida que tiverem programa e plano de investimentos para
quem vive hoje da reciclagem. E isso é o mínimo de conseqüência e seriedade que
se pode dar, Verª Neuza, a uma decisão tão grave que estamos encaminhando para
a cidade de Porto Alegre. Nós não concordamos com o texto, que determina o
prazo, mas não determina, não condiciona esse prazo a ações, programas e
investimentos. Porque, dessa forma, a lei sai sem seriedade, a lei sai jogando
ao deus-dará, à própria sorte....
(Manifestação nas galerias.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ... cinqüenta
mil famílias, ou nós comprometemos os Governos, e não é um Governo, mas os
Governos. De fato, o Ver. Sebastião Melo veio aqui dizer que o espírito é
comprometer o Governo. Ora, Ver. Sebastião Melo, se nós quisermos que os prazos
sejam cumpridos, que se transforme essa atividade e, se nós queremos
comprometer os Governos, nós temos que amarrar o prazo a políticas e a
investimentos. E a nossa Emenda, assim como a do Ver. Professor Garcia, que
também nos servia, faz esse sinal, estabelece esse condicionamento, e aí nós
queremos cobrar seriedade. Seriedade de quem quer, de fato, transformar a vida
dos animais e das pessoas desta Cidade. Não vale achar que, com um passe de
mágica, nós resolvermos; vale comprometer a Cidade, o Governo, o Orçamento de
verdade, porque é complexo, porque tem que criar grupos de trabalho, criar
programas sérios, buscar tecnologia, tem que dialogar com os catadores, tem que
ter Secretário firme, tem que ter gestão. E, nesta Cidade, nós não temos gestão
e, se nós não condicionamos esse prazo à gestão, à prioridade do Orçamento, nós
não estamos sendo sérios, estamos fazendo uma lei que é demagógica e
higienista, que só quer limpar, só quer tirar... Então, comprometamos,
mostremos aqui, Ver. Beto Moesch, mostremos – o Ver. Beto Moesch é a favor,
ótimo, eu acho que nós temos que aprovar -, aprovando esta Emenda, e, ao
aprová-la, a gente dá conseqüência! E esta Casa é séria quando vota uma lei e
cobra do Executivo a execução, é séria quando estabelece prazo. Muito bem, mas
para esse prazo existir, este Governo vai ter que se debruçar, o próximo e o
outro também, em priorizar, em construir programas. Há programas que precisam
de investimento técnico, que precisam ter prioridade. O Orçamento está chegando
agora em agosto, que já venha com recursos, para que, de fato, nós
transformemos a vida de todos nesta Cidade. Então, esta Emenda é o divisor de
águas, ela vai dizer quem, de fato, faz uma lei séria, conseqüente, humanitária
e quer melhorar a cidade de Porto Alegre. Quem vota contra esta Emenda se
descompromete, joga o problema para quem já tem muitos problemas. Quem vota
contra assina uma lei demagógica e higienista, e isso nós não vamos aceitar.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 10, destacada,
ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05.
O SR. BETO MOESCH: Verª Maria
Celeste, que é a mentora desta Emenda, e por isso ela é uma Emenda coerente e
que traz à tona, Verª Neuza Canabarro, já havia lhe colocado isso, um trabalho
feito pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, em 2003, que trabalhou com todos
os atores da Cidade, com os catadores, com o Sebrae, com o Sindilojas, CDL,
justamente para colocar em prática isso, Ver. Sebastião Melo, que é a Cidade. E
para nós, Ver. Brasinha, quando eu digo “nós” quero dizer toda a Cidade
organizada, toda a sociedade organizada, recolhendo os resíduos recicláveis e
estes sendo levados aos galpões por aqueles cadastrados, sejam carrinheiros, sejam
condutores de carroça. Portanto, Verª Maria Celeste, há o resgate de um
trabalho já realizado por esta Casa., e V. Exª também lembrou da coleta
seletiva, eu lembrei aqui do Código Municipal de Limpeza Urbana, que é de 1990,
o Código Municipal de Saúde, e, portanto, sim, esta Casa tem que se somar e
ajudar a propor alternativas, financiamento que já existe, em nível de
Ministério das Cidades, para isso. Portanto, da minha parte, nós somos
favoráveis - e muito! - a essa Emenda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação a
Emenda nº 10, destacada, ao Substitutivo nº 03 do PLL nº 043/05...
O SR. BETO MOESCH: Ver. Sebenelo,
há um § 2º aqui, Verª Maria Celeste, que condiciona à aplicação do Programa.
Portanto, voto “Não”.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch vota “Não”.
Em votação a Emenda n° 10, destacada, ao
Substitutivo nº 03 do PLL n 043/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Houve
empate, então, este Presidente vota “Não”. REJEITADA por 11 votos SIM
e 12 votos NÃO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito renovação de votação.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Está encerrada
a votação do Projeto, na próxima Sessão haverá o direito à votação das Emendas
nº 08 e nº 10, conforme Requerimentos.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
Agradecemos pela presença de todos.
(Encerra-se a Sessão às 18h51min.)
* * * * *